Rui Palmeira deverá visualizar situação do PAM Salgadinho com lente especial

18/10/2012 10:24 - Geral
Por Redação
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O prefeito eleito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), deverá receber um diagnóstico completo do que está ocorrendo no Sistema Único de Saúde (SUS) nos postos da capital, principalmente o PAM Salgadinho, motivo de reportagem de quase uma página na Gazeta de Alagoas do último domingo mostrando as dificuldades que os usuários enfrentam para conseguir uma marcação naquela unidade referencial de saúde.

Um dos setores do PAM Salgadinho que mais chamam atenção, além da quilométrica fila que se forma diariamente de pessoas que precisam dormir ao relento para conseguir uma ficha de marcação – quando conseguem, depois de duas ou três noites perdidas –, é o serviço de oftalmologia, que está há um ano sem funcionar porque os equipamentos das duas salas do setor, no Bloco B, estão precisando de pequenos reparos.

Usuários do SUS e servidores do próprio posto denunciam que esta situação ocorre há muito tempo sem que ninguém tome providências. Os cinco oftalmologistas lotados no setor só comparecem lá no fim do mês para assinar a frequência. Eles não têm culpa, porque não podem trabalhar sem equipamentos. Um desses equipamentos, ao que parece, falta apenas uma lâmpada, que custa em torno de R$ 40,00.

O atendimento oftalmológico do posto é feito em clínicas particulares, algumas delas tratando muito mal aos usuários. Este é outro item criticado pelos usuários e funcionários do posto. Eles pedem ao novo prefeito que verifique essa terceirização, se ela realmente traz benefícios ao sistema (o que eles acham improvável). No caso de a terceirização ser viável, que os oftalmologistas sejam utilizados em outros postos.

O setor de diagnóstico, no Bloco L, é outra área que está funcionando há meses com menos da metade dos serviços que deveria prestar. O ultrassom e o raio-x, por exemplo, só são feitos nas extremidades. As demais partes do corpo são encaminhadas às clínicas particulares, enquanto que os médicos e servidores do setor ficam ociosos. Alguns deles não comparecem sequer ao trabalho.

O setor de fisioterapia, nos Blocos G e O, também estão completando um ano sem funcionar. O Brasil Sorridente e os demais programas que recebem verbas do governo federal para atender aos usuários do SUS estão todos funcionando com deficiência. E não é por falta de pessoal qualificado, como disse na reportagem da Gazeta o diretor do posto.

O problema, ao que parece, é mesmo por descaso do gestor.

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