O Ministério Público Estadual (MPE) se reuniu, nesta quarta-feira (17), com representantes da Secretaria Estadual de Gestão Pública (Segesp) e do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe/UnB) para tratar sobre o concurso da Polícia Militar, alvo de denúncias de fraude por parte de alguns candidatos. Durante o encontro ficou decidido, em comum acordo, que a divulgação do resultado do concurso está suspensa até que todos os fatos denunciados sejam esclarecidos.
De acordo com a promotora Norma Suely, da promotoria da Fazenda Pública Estadual, a decisão vale apenas para o cargo de soldado combatente. A previsão é que até o dia 18/11 a situação seja resolvida. A reunião contou também com a participação da Defensoria Pública, Ministério Público de Contas, Procuradoria Geral do Estado e Polícia Militar.
A denúncia de irregularidades, cujo boletim de ocorrência foi registrado por um grupo de pessoas na Central de Polícia, consta que na Faculdade de Tecnologia de Alagoas (FAT), no bairro da Serraria, um dos locais de prova, o lacre das provas estava violado e gerou atrasado no início do concurso e muita polêmica.
O grupo de alunos, após a realização da prova, prestou queixa na Central de Polícia. Eles contaram que o lacre do pacote de provas, que seria aplicadas na sala 227, bloco A, da FAT, estava violado. Segundo os candidatos, o fiscal da sala, teria por conta própria, dado um prazo maior de tolerância, iniciando a prova com 25 minutos de atraso do horário previsto, que seria às 8h.
Os candidatos também denunciaram que houve intimidação por parte do coordenador geral do concurso, para que os candidatos, boa parte vindos de Sergipe, Pernambuco e Rio de Janeiro, fizessem a prova, mesmo com o lacre violado.
Mas esta não foi a única denúncia referente ao concurso. Candidatos que fizeram a prova em outros lugares começaram a denunciar várias suspeitas de irregularidades envolvendo o concurso, que é organizado pela Cespe.
Pela rede social facebook, Elizabete Tavares denunciou que o lacre do envelope com as provas também estava violado, em uma das salas da FITS. Segundo ela, os candidatos foram orientados pelos fiscais a fazerem a prova assim mesmo, mas devem fazer o Boletim de Ocorrência nesta segunda-feira (1).
Muitos candidatos também reclamaram do atraso no início da aplicação das provas, e alguns denunciam que em algumas salas os fiscais sequer chamaram os candidatos para verificar se os envelopes com as provas estavam de fato lacrados. Barbara Nóbrega reclamou que na sua prova veio faltando 15 questões.