Chinês Mo Yan vence Nobel de Literatura 2012

12/10/2012 00:01 - Brasil/Mundo
Por Redação

O chinês Mo Yan foi anunciado na manhã desta quinta-feira (11) como o vencedor do Nobel de Literatura 2012. A escolha foi divulgada em um evento na cidade de Estocolmo, na Suécia.
Segundo o comitê da premiação, Yan é um escritor que, "com realismo alucinatório funde contos populares, a história e o lado contemporâno". Ele é especialmente conhecido no Ocidente pela obra que serviu de base para o filme "Sorgo vermelho", de 1987, dirigido por Yimou Zhang. O autor receberá 8 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,2 milhão, valor 20% menor que o entregue no ano passado), a serem entregues pela Academia Sueca.
A biografia divulgada pelo Nobel afirma que, "através de uma mistura de fantasia e realidade, uma perspectiva histórica e social, Mo Yan criou um mundo com remanescência na complexidade de nomes como William Faulkner e Gabriel García Márquez, ao mesmo tempo encontrando um ponto de partida na antiga literatura chinesa a na tradição oral. Além de seus romances, Mo Yan publicou diversos contos e ensaios sobre vários temas e, apesar de sua crítica social, é visto em sua terra natal como um dos mais importantes autores contemporâneos".

Nenhuma publicação de Mo Yan foi editada no Brasil até o momento. Muitos de seus livros, entretanto, já ganharam versões na língua inglesa, como "The republic of wine: A novel", "Shifu: You'll do anything for a laugh" (adaptado para o cinema no filme "Happy Times", de 2000), "Big breasts & wide hips" e "Life and death are wearing me out". O longa "Nuan" (2003), que venceu o 16º Festival de Cinema de Tóquio, é uma adaptação de "White dog swing". Seu trabalho mais recente é "Wa", de 2009. Sua obra também já foi vastamente publicada em francês e ainda em espanhol e alemão.
O escritor Mao Yan, cujo nome verdadeiro é Guan Moye, já havia ganhado diversos prêmios anteriormente, entre eles o Prêmio Newman para literatura chinesa em 2009 e, no ano passado, o Mao Dun, que desde 1982 é entregue a escritores chineses a cada quatro anos.

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