Na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira (09), os deputados fizeram uma série de colocações sobre o pleito do último domingo, que elegeu prefeitos e vereadores em todo o Estado. As opiniões na Casa de Tavares Bastos foram bastante duras quanto à fiscalização dos poderes legais e à lisura da eleição. O deputado estadual Gilvan Barros (PSDB) comentou em seu discurso que o exercício da democracia é muito importante e todos devem ter o direito de exercê-lo.

“Na cidade de Senador Rui Palmeira, o candidato a prefeito José Edvânio Bezerra da Silva foi surpreendido às 5 horas quando estava em sua residência e após denúncia anônima foi preso. O candidato foi acusado de estar comprando votos, o que não era verdade. A lista com nome de pessoas e a relação de veículos para abastecimento era de pessoas que trabalharam na campanha em seu comitê. Ele é um candidato liso e só tem o povo ao seu lado. Tudo foi uma grande armação”, afirmou o deputado Gilvan Barros.

“Os membros do Ministério Público que o prenderam agiram de forma arbitrária. Foi cobrada uma fiança de R$ 6.220, valor este arrecadado entre os amigos. Estas atitudes rasteiras não contribuem em nada com o processo democrático. Espero que o fato seja esclarecido pela justiça”, desabafou o deputado.

Já Temóteo Correia (DEM) ressaltou a lisura das eleições em Alagoas e afirmou que “não houve um voto comprado. Essa transparência se deve ao trabalho das Polícias Federal, Civil e Militar, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),à imprensa e a todos os movimentos sociais que contribuíram para que esta eleição fosse a mais limpa de Alagoas”.

Outro caso citado na sessão aconteceu na cidade de Limoeiro de Anadia, quando Antônio Albuquerque afirmou que uma viatura da Polícia Federal estava parada à frente de sua residência interrompendo o trânsito natural de veículos.

“Ao sair de casa fui abordado por um policial que pediu para que saísse do veículo. Após todos os esclarecimentos segui meu percurso. Mas o fato de a polícia estar na frente de minha casa com as luzes ligadas já chamou a atenção e gerou um constrangimento desnecessário. Isso é uma atitude antidemocrática e revela ações ditatoriais que ainda acontecem em alguns recantos de nosso estado”, concluiu Albuquerque.