A eleição do último domingo mostrou uma renovação de 57% na Câmara de Vereadores de Maceió, o que representa 12 novos parlamentares entre as 21 cadeiras. Porém, o cientista político Ranulfo Paranhos, aponta apenas uma substituição de parlamentares e que o processo não diz muita coisa.
De acordo com o cientista político, a falta de criatividade de propostas, bem como a necessidade de mudanças nas áreas apontadas como críticas, continuam, o que gera o primeiro conflito.
“A mudança não quer dizer muita coisa. Muitos candidatos falam de saúde, educação, transporte público com direito a construção de viadutos, veículos leve sobre trilhos, licitação dos transportes e nada acontece há três gestões. Eles simplesmente empurram com a barriga”, disse.
Para explicar outro grande motivo da não renovação e sim uma troca de cadeiras, Ranulfo Paranhos ainda mostrou a grande rotatividade familiar dentro da Câmara Municipal de Vereadores.
“Para se ter ideia, Luiz Pedro saiu e elegeu a esposa, Aparecida, Carlos Ronalsa deixou o filho Dudu, assim como Galba também elegeu o filho Galba Neto. Chico Holanda tem agora o irmão Antônio. O Kelmann não tem padrinho na câmara, mas é esposo da deputada Flávia Cavalcante e genro do Cícero Cavalcante. O Zé Márcio já é conhecido, mas o novo fica por conta do Guilherme Soares, Silvanio Barbosa, o Dr Cléber Costa e a Simone Andrade, mas falta a experiência”, afirmou.
Questionado sobre uma possível surpresa positiva com a atuação dos “novos” vereadores, Paranhos aponta como uma realidade remota, mas que pode acontecer. “Vejo como uma possibilidade baixa. Pode acontecer de um ou outro parlamentar se destacar, mas a maioria traz uma história política sem destaques”, finalizou.