As buscas pela pequena Sibele, oito anos, desaparecida desde o dia 13 de setembro, terminaram nesta terça-feira (02), quando a polícia localizou o corpo da menor num canavial, nas proximidades da Rua da Matinha, a poucos metros da casa em que a criança morava com familiares, no município do Pilar.
Por volta das 8h30, cortadores de cana, que trabalhavam no canavial, avistaram o corpo e ligaram para avisar a Polícia Militar. Uma equipe do 2ª Companhia Independente do município ao local onde estava o corpo, esquartejado e em avançado estado de decomposição. Acredita-se que o crime tenha ocorrido no dia em que Sibele desapareceu da casa dos pais.
Segundo o capitão Paulo Costa, a cena encontrada foi chocante. A mãe de Sibele esteve no local e acredita se tratar de Sibele já que foram encontradas as roupas usadas pela menor no dia que sumiu. "O corpo já estava em avançado estado de putrefação. Em todos esses anos de polícia, eu nunca vi uma cena tão chocante”, colocou o capitão da Polícia Militar.
Parentes de Sibele acompanham a movimentação e levantamentos do crime, mas preferem não conceder entrevistas à imprensa. Em estado de choque, a mãe da menor foi retirada do local. No início, familiares tinham esperança de encontrar a criança com vida, no entanto, com o passar dos dias, a mãe já acreditava que o pior teria acontecido.
O delegado do caso, Gilson Rêgo, está no local com sua equipe para acompanhar os procedimentos do recolhimento do corpo da criança, assim como policiais da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). A equipe de peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal Estácio de Lima já foram acionadas pela polícia.
Desaparecida em 13 de setembro
O desaparecimento de Sibele mobilizou parentes, conselho tutelar e amigos da do Caic de Chã do Pilar, onde a menor estudava no intuito de notícias sobre o paradeiro. A criança estava em casa no dia 13 de setembro quando pediu aos pais para brincar na rua com alguns coleguinhas, desde então, não foi mais vista na cidade, o que causou desespero dos familiares.
No dia do sumiço, policiais civis chegaram a realizar diligências em Maceió e Satuba após informações de que a criança tinha sido vista com pessoas nas regiões. No entanto, nada havia sido confirmado sobre o seu paradeiro. Equipes da Polícia Militar, dos Bombeiros e da Guarda Municipal, contando com o auxílio de um helicóptero, fizeram várias buscas em matagais e canaviais no Pilar, mas não havia pistas da garota.
Polícia investiga ligação de crime com estupro de outra criança
Há uma semana, Gilson Rêgo começou a investigar se o sumiço de Sibele teria ligação com um crime de estupro ocorrido no mesmo dia do desaparecimento. A polícia investigava que uma outra menina de apenas nove anos foi vítima de estuprador numa localidade próxima onde a garota foi vista por parentes pela última vez. A identidade do acusado não foi revelada e a polícia já vinha trabalhando para localizá-lo e capturá-lo.
Com colaboração de Jonathas Maresia

















