Romney critica Obama sobre Oriente Médio e pede novo caminho

01/10/2012 18:18 - Brasil/Mundo
Por Redação

Mitt Romney lançou um novo ataque nesta segunda-feira sobre a política para o Oriente Médio do presidente e seu adversário na eleição presidencial dos EUA, Barack Obama, dizendo que os Estados Unidos estão avançando perigosamente para o caos na região, o que coloca a segurança do país "em risco".

Em um artigo de opinião no Wall Street Journal, o candidato republicano à Presidência dos EUA apontou para os recentes acontecimentos na Síria, Líbia e Egito, e também a incerteza sobre Israel e Irã, e pediu "uma nova estratégia para o Oriente Médio", embora não tenha apresentado detalhes sobre seus planos para a região.

A crítica de Romney acontece em meio a uma nova onda de violência no Oriente Médio e depois que autoridades dos EUA reconheceram que o ataque ao consulado dos EUA na Líbia, que resultou na morte do embaixador norte-americano, foi um ataque deliberado de militantes ligados à Al-Qaeda.

A acusação também precede o primeiro debate presidencial, na quarta-feira, no qual se espera amplamente que os candidatos se concentrem em questões de política interna, como a recuperação da economia, emprego e saúde.

Ainda assim, as críticas de Romney pretendem capitalizar sobre a instabilidade no Oriente Médio após as revoltas da Primavera Árabe.

Em seu editorial, Romney reiterou o argumento de que os Estados Unidos sob a administração de Obama "parecem estar à mercê dos acontecimentos, em vez de lhes dar forma."

O republicano, no entanto, deu poucos detalhes sobre suas propostas de mudança, mas disse que um novo curso significaria "restaurar a nossa credibilidade com o Irã".

"Quando dizemos que a capacidade de armas nucleares iraniana - e a instabilidade regional que vem com ela - é inaceitável, devemos fazer com que os aiatolás acreditem em nós", escreveu Romney, que acusou Obama de ser muito duro com Israel, um aliado próximo dos EUA, e fraco com o Irã.

Ele também disse que a política do governo Obama em relação a Israel era incompreensível. A nova estratégia de Romney também incluiria "usar o espectro completo de nosso poder brando para incentivar a liberdade e oportunidades para aqueles que conheceram, por muito tempo, apenas corrupção e opressão", acrescentou o ex-governador de Massachusetts.

Romney, um ex-executivo, citou também a mesma receita que ofereceu para reativar a economia dos EUA: empregos. "A dignidade do trabalho e a capacidade para dirigir o curso de suas vidas são as melhores alternativas para o extremismo", escreveu.
 

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