OMS: apenas pacientes graves devem ser testados para novo vírus

29/09/2012 20:44 - Saúde
Por Redação

Médicos só devem realizar testes para a detecção de um novo vírus se os pacientes estiverem muito doentes e internados com uma infecção respiratória, se passaram pelo Catar ou pela Arábia Saudita e se testarem negativo para as formas comuns de pneumonia e infecções, disse no sábado a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O novo vírus recém-descoberto, da mesma família da SARS, foi confirmado, até agora, em apenas dois casos em todo o mundo: um homem saudita, de 60 anos, que morreu por causa das suas infecções, e outro homem do Catar, que está internado em estado grave em um hospital em Londres.

Em uma orientação atualizada, divulgada seis dias depois de emitir um alerta global sobre o novo vírus, a OMS disse que casos suspeitos devem ser estritamente definidos, a fim de limitar a necessidade de testar as pessoas com sintomas mais leves.

Mas acrescentou que qualquer pessoa que tenha estado em contato direto com um caso confirmado e que tenha tido febre ou problemas respiratórios também deve ser testada.

A OMS disse em um comunicado que a sua nova definição tinha o propósito de "garantir uma identificação e investigação apropriada e eficaz dos pacientes que podem estar infectados com o vírus, sem sobrecarregar o sistema de saúde com exames desnecessários."

A agência de saúde da ONU disse no domingo último que um novo vírus havia infectado um homem do Catar, que tinha viajado recentemente para a Arábia Saudita, onde outro homem com um vírus quase idêntico, morreu.

O vírus é de uma família chamada coronavirus, que também inclui os vírus que causam o resfriado comum e a SARS --ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que surgiu na China em 2002 e matou cerca de um décimo das 8 mil pessoas infectadas no mundo todo.

CUIDADOS INTENSIVOS
Uma porta-voz da Agência de Proteção de Saúde britânica, onde os cientistas estão analisando amostras do homem do Catar, encontraram uma compatibilidade com o caso fatal da Arábia Saudita no último fim de semana e relataram sua descoberta à OMS, e disse no sábado que o homem de 49 anos ainda está no CTI, ligado a um pulmão artificial que o mantém vivo.

A OMS diz que até agora não há provas que sugiram que o vírus, potencialmente fatal, se espalhe facilmente de pessoa, para pessoa. Cientistas dizem que a composição genética do vírus sugere que ele pode ter vindo de animais, possivelmente morcegos.
Seis casos suspeitos na Dinamarca, na semana passada, foram identificados como alarmes falsos.

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..