O Acidente Vascular Cerebral (AVC) permanece como uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Ao lado do infarto, faz parte do grupo das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes anuais, segundo o Ministério da Saúde.

O problema pode se manifestar de duas formas: isquêmica, quando um vaso sanguíneo é obstruído, ou hemorrágica, quando ocorre o rompimento de uma artéria no cérebro. Em ambos os casos, o tempo é decisivo para aumentar as chances de recuperação.
De acordo com o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Maceió, Aldo Calaça, a gravidade continua alta. “O AVC ainda apresenta uma mortalidade elevada. Por isso, trabalhamos com uma linha de cuidado que começa no diagnóstico imediato e segue até o acompanhamento após o tratamento”, afirma.
O primeiro passo da equipe é identificar corretamente o tipo de AVC. Exames como tomografia, angiotomografia e ressonância magnética auxiliam na definição do tratamento mais adequado. Nos quadros isquêmicos, podem ser administrados trombolíticos, medicamentos que dissolvem o coágulo. Nos casos mais complexos, pode ser necessário um procedimento endovascular realizado pela neurorradiologia para remover o trombo.
Já o AVC hemorrágico costuma exigir agilidade ainda maior. Muitas situações requerem cirurgia imediata. Como explica o especialista, “quando ocorre um sangramento cerebral, cada minuto conta. Por isso, é fundamental ter uma equipe cirúrgica disponível 24 horas por dia, como temos aqui na Santa Casa de Maceió”.
A força do atendimento está justamente na integração entre os setores do hospital. Equipes da Urgência, Clínica Médica, UTI, Enfermarias, Cirurgia, Anestesia e Terapia Intensiva atuam de maneira coordenada para garantir assistência completa desde a chegada do paciente até o pós-operatório.
Além do tratamento rápido, a instituição reforça que a prevenção ainda é o caminho mais eficiente para reduzir novos casos. Medidas simples, como acompanhamento cardiológico, controle da pressão e da diabetes, alimentação equilibrada, prática de exercícios e manejo do estresse, ajudam a proteger o cérebro e o coração.
“O AVC é uma emergência que exige atenção imediata, mas também é uma doença que conseguimos prevenir com hábitos de vida saudáveis”, finaliza Calaça.










