O Brasil perdeu parte de sua graça (ou melhor, gracinha) neste sábado (29) com a morte de Hebe Camargo aos 83 anos, vítima de uma parada cardíaca em sua casa, em São Paulo. Nos últimos dois anos, a apresentadora lutava contra um câncer, passando por internações, cirurgias e sessões de quimioterapia. Em agosto, ficou internada por quase duas semanas para "tratamento de suporte nutricional e metabólico", segundo boletim médico.

Cantora, apresentadora e com 60 anos de televisão nas costas, a carreira de Hebe se confunde com o nascimento do veículo no Brasil, na década de 1950 – foi ela, aliás, quem apresentou o primeiro programa de TV feminino no país, “O Mundo é das Mulheres”, em 1955. O GNT agradece.

Fora a indiscutível importância da estrela na história da nossa telinha, Hebe encantou pela exuberância de suas joias e vestidos suntuosos, em estilo sempre impecável e marcado pelo glamour. A apresentadora era dona de uma das maiores coleções de preciosidades em acessórios do Brasil. Peças feitas sob encomenda, pérolas raras, esmeraldas; sempre grandes e imponentes. Uma das extravagâncias de Hebe era um colar com 30 quilates de diamantes, corriqueiro em suas aparições.

"Não gosto de vestido comprido, eu sou meio ousada", disse a Mari Weickert no "Vamos Combinar" (assista abaixo da matéria), no ano passado. Maxibrincos, colares, pulseiras, paetês, peles, saltos altíssimos... Pense em algo sofisticado – estava no guarda-roupa de Hebe.

Em entrevista ao site do GNT no Fashion Rio que aconteceu em junho de 2010, a diva declarou que, em caso de um incêndio em seu armário, correria para salvar um colar que tem a bandeira do Brasil como pingente. "São tantas peças que eu gosto que fica difícil escolher uma", completou a apresentadora