Quem havia planejado efetuar o pagamento de alguma conta, na manhã desta terça-feira (18), encontrou as portas de diversos bancos fechadas. Além do reajuste salarial, os funcionários querem melhores condições de trabalho. A paralisação é em todo Brasil e há a expectativa que o movimento atinja 100% em Alagoas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França, a paralisação não tem data para acabar até que as propostas sejam discutidas e, posteriormente, aceitas pela categoria. “Os bancos das redes privada e estatais estão com as atividades paralisadas. Queremos o reajuste salarial de 10,25% colocando o piso salarial em de R$ 2.416,38 ao contrário do que é atualmente é R$ 1,4 mil”, colocou.

O sindicato deseja que os funcionários tenham participação direta nos lucros das empresas. O plano de cargos e salários e proteção a carreira também são algumas reivindicações.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical do sistema financeiro, informou por meio de nota que apresentou uma proposta no dia 28 de agosto. Segundo a federação, a proposta prevê reajuste salarial de 6%, que corrigirá salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Nesta segunda, os sindicatos locais definiram como vão organizar as paralisações. A aprovação da greve ocorreu na última quarta (12) por mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), disse a entidade.

A Fenaban disse na nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve". “Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários”, disse o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.