A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou a I Oficina de Redes de Atenção à Saúde (RAS) do município de Satuba. A capacitação, realizada pela Diretoria de Atenção Básica (DAB) da Sesau, aconteceu nesta segunda-feira (17), no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) do município, e compõe o conjunto de oficinas do Projeto de Planificação de Atenção Primária à Saúde (APS) no Estado de Alagoas.
De acordo com a diretora da Atenção Básica da Sesau, Myrna Pimentel, o curso é entendido como um processo para a elaboração de planos para o fortalecimento da saúde em Satuba e para a construção da intervenção estratégica operacional de fortalecimento da APS no município.
“O objetivo da oficina é preparar os facilitadores municipais, que vão atuar como multiplicadores, para reproduzir o curso em Satuba, com temáticas que compreendem a análise da Atenção Primária à Saúde”, explicou Myrna Pimentel, acrescentando que o curso oferece reflexão sobre a situação de saúde, os problemas a serem enfrentados e a necessidade de mudar o modelo de atenção à saúde da população e melhorar os resultados do sistema.
Grupos de trabalho
Durante a capacitação, médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem e servidores do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) participaram de atividade em grupo para discutir temas como a implementação de ações preventivas – diferenciando as condições agudas e crônicas – na transição demográfica e epidemiológica.
Sobre os sistemas de saúde e a relação com as Redes de Atenção, os profissionais expuseram – a partir da pirâmide da atenção primária, secundária e terciária – a importância do atendimento na base da pirâmide, que, quando com problemas, acaba fazendo com que as dificuldades recaiam sobre as demais camadas do sistema.
A proposta de mudança do modelo assistencial presente na Rede de Atenção foi outro tema abordado. Ao analisar o perfil do modelo e a estrutura necessária para garantir o atendimento, os profissionais observaram que Satuba tem estrutura de pessoal – por meio do Nasf, Caps, PSF, dentre outros serviços – mas falta o trabalho em rede, com comprometimento, comunicação e informatização.
O último grupo de trabalho analisou as evidências das Redes de Atenção visando a resolutividade por meio da densidade tecnológica de cada nível de atenção. As evidências apontam que as Redes de Atenção melhoram os resultados sanitários nas condições crônicas, diminuem as referências a especialistas e a hospitais, aumentam a eficiência dos sistemas de Atenção à Saúde, produzem serviços de custo/efetivo e aumentam a satisfação dos usuários.
Resultados
Com a demonstração das evidências da Rede de Atenção dentro da realidade de Satuba, os profissionais se embasaram teoricamente para reproduzir os trabalhos a partir das vivências. Ao final, a coordenadora do grupo condutor da Rede Cegonha ministrou palestra sobre as atividades da rede de assistência a gestante, infantil e fetal em Alagoas, e o diretor de Análise de Situação de Saúde da Sesau, Herbert Charles, falou sobre a Situação de Saúde no Estado.
