O julgamento do mensalão termina sua sétima semana com a condenação de dez dos 13 réus julgados até agora. Como o mesmo réu foi citado mais de uma vez, foram 23 decisões proferidas por ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e 239 votos no total.

O principal algoz dos réus é o relator Joaquim Barbosa, que pediu a condenação 21 vezes. Já Lewandowski ficou na corrente contrária, condenou 12 vezes e absolveu onze.

Os recordistas de condenações são o publicitário Marcos Valério, conhecido como o operador do mensalão, e seus sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Eles foram considerados culpados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e gestão fraudulenta. As penas variam de 1 a 12 anos de prisão.

Os três foram julgados em três momentos no processo: no caso de desvio de dinheiro do Banco do Brasil; no caso dos contratos de fachada na Câmara dos Deputados; e no item de lavagem de dinheiro no Banco Rural.

Já os ex-gestores do Banco Rural, Kátia Rabello e José Roberto Salgado e o atual vice-presidente Vinícius Samarane foram julgados em duas ocasiões e condenados por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

A única ré do Banco Rural absolvida nessa fatia foi a ex-vice-presidente administrativa do Banco Rural Ayanna Tenório. Os ministros consideraram que Ayanna não participou diretamente das concessões e renovações de empréstimos da instituição à SMP&B, empresa de Marcos Valério. Por isso, não praticou gestão fraudulenta.

Ayanna também foi absolvida na fatia que trata sobre lavagem de dinheiro no Banco Rural. Seus ex-colegas, no entanto, foram todos condenados. No mesmo item, dois ex-funcionários de Marcos Valério foram considerados culpados, Rogério Tolentino e Simone Vasconcelos.

Já a ex-gerente financeira da SMP&B Geiza Dias foi absolvida. Seu advogado chegou a chamá-la de “funcionária mequetrefe” e conseguiu convencer sete dos dez ministros de sua inocência