Duas missões internacionais estiveram em Alagoas esta semana para firmar parcerias em prol das cadeias produtivas da pecuária de leite e da ovinocaprinocultura. Uma delas, formada por representantes do Governo do Estado e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid), esteve no Sertão visitando estabelecimentos rurais, cooperativas e unidades de beneficiamento de ovinos e caprinos.

A outra aconteceu em Maceió e teve a presença da diretora-geral de Quebéc no Brasil, Elise Racicot, que representou o governo da província canadense. O objetivo era retomar uma parceria para trazer benefícios para a pecuária leiteira, a partir da experiência do Canadá, com foco em melhoramento genético dos animais, nutrição e reserva alimentar, cooperativismo e associativismo.

“Todas essas parcerias foram construídas ao longo do governo de Teotonio Vilela, pois o Estado adquiriu credibilidade e reconhecimento nacional e internacional. Assim, buscamos parcerias que possam contribuir com fortalecimento das cadeias produtivas, a sustentabilidade, a geração de renda e melhoria de vida das famílias do campo”, enfatizou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior.

De acordo com o secretário, que nesta quinta-feira (13) participou de um encontro em Santana do Ipanema no qual foram apresentadas algumas ações na área da ovinocaprinocultura, Alagoas poderá fazer parte da Rota do Cordeiro. O objetivo desse projeto, que tem a participação do Ministério da Integração Nacional e da Embrapa Caprinos e Ovinos, é apoiar a atividade de produção de cordeiros e cabritos no Nordeste e todas as atividades que estão ligadas a esta cadeia produtiva, como frigorificação, distribuição e comércio, difusão de tecnologia, beneficiamento da carne, culinária e gastronomia.

Segundo o superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Seagri, Luciano Barros, que coordenou a missão, o Programa Alagoas Mais Ovinos, que possui um monitoramento inovador dos rebanhos e assistência técnica constante para os criadores, garante ao Estado condições favoráveis para fazer parte do projeto. Para ele, algumas demandas ainda precisam ser solucionadas no que diz respeito ao beneficiamento e comercialização de alguns produtos oriundos da atividade.

“Mas já temos diversos parceiros atuando nesse segmento, como as cooperativas e associações, o Arranjo Produtivo Local, o Sebrae e as prefeituras, que compram alguns produtos para a merenda escolar”, destacou Luciano Barros.

Além dele, também participaram da missão, que teve início na segunda-feira (10) e foi encerrada nesta sexta-feira (14), Fernando Lucas, pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e consultor do Sebrae, Raul Miniz, consultor da Agência Espanhola (Aecid), o gestor do APL de Ovinocaprinocultura, Reginaldo Guedes, representantes do Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), técnicos e gestores municipais e da Seagri.

A missão técnica contou com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura, Sebrae/AL, Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e das Gerências Regionais da Seagri e da Emater-AL no Médio e no Alto Sertão.