Identificar oportunidade de geração de negócios entre Brasil e Sudão. Foi esse o objetivo da visita das advogadas sudanesas Manal Kamal Osman Ibrahim e Marwa Taha Saeed com a administradora do Porto de Maceió, Rosiana Beltrão na última terça-feira (11). A atividade integra o programa de estágio para jovens advogados, resultado do convênio entre Brasil e Sudão.

Durante a visita, as advogadas foram apresentadas a operação do porto, majoritariamente responsável pelo comércio internacional de granéis sólidos e líquidos - açúcar, diesel, gasolina, por exemplo. Acompanhadas do conselheiro federal Marcelo Brabo e dos advogados Luciano Britto, Samir Naspolini e da administradora do porto Rosiana Beltrão, as juristas visitaram as instalações da área de atracação responsável pelo trânsito de mais de 1,7 milhões de toneladas em cargas entre janeiro e agosto deste ano.

Especializada em Direito Internacional, a sudanesa Manal Kamal Osman destacou a importância da troca de experiências entre Brasil e Sudão. Selecionada graças à proficiência no inglês e no sistema jurídico sudanês, afirma que a estadia será compartilhada com os colegas do país de origem. “Esta sendo uma oportunidade incrível, pois poucos sequer têm a chance de sair do país, menos ainda para trocar experiências desta natureza. Estamos tentando aproveitar o máximo estes 21 dias” afirma. Objetivo também compartilhado por Marwa Taha Saeed que atua no departamento jurídico de um banco sudanes.

Ainda durante a estadia em Maceió, as advogadas visitaram o Tribunal de Justiça de Alagoas onde puderam identificar as semelhanças entre o sistema jurídico dos países. Manal Kamal Osman Ibrahim e Marwa Taha Saeed também estiveram na Associação Comercial de Maceió e Aeroclube. Seguem na próxima semana para Brasília onde se reúnem com o presidente do Conselho Federal da OAB Ophir Cavalcante e demais integrantes do programa internacional.

O Convênio Brasil - Sudão

Resultado da parceria entre a Ordem dos Advogados de Brasil e Sudão, a iniciativa conta com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Ministério das Relações Exteriores para viabilizar conhecimentos sobre o sistema jurídico nacional e o incentivo ao desenvolvimento do Direito Comparado como ciência, além de estimular o aprofundamento das relações culturais, sociais e de cooperação jurídica entre os países.