Jeferson Morais (DEM) foi o segundo candidato a prefeito de Maceió a apresentar o seu plano de governo na série de sabatinas promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). Ele foi ouvido pela classe empresarial nesta segunda-feira, 10, na Casa da Indústria Napoleão Barbosa. Seguindo a filosofia de que é necessário “unir as classes produtivas e o poder público para que Maceió continue a crescer”, o presidente da Fiea, industrial José Carlos Lyra de Andrade, entregou oficialmente a Morais a “Agenda da Indústria para o Município de Maceió”.

Durante a apresentação, o democrata também recebeu as com sugestões e propostas do setor da Construção Civil – setor que emprega perto de 20% da mão de obra da cidade – para o desenvolvimento da capital, entregue pelos presidentes da Ademi-AL, Guilherme Melro e do Sinduscon-AL, José da Silva Nogueira Filho. “Sem parcerias com a sociedade organizada e o governo estadual, a administração municipal não funciona. Temos visto na capital propostas que são inviabilizadas devido à falta de diálogo, a exemplo da reurbanização do Vale do Reginaldo”, disse Jeferson Morais.

Vários temas foram abordados por ele, que destacou a saúde pública como o maior desafio para o futuro prefeito de Maceió. O problema, acredita, está na gestão dos recursos. “Maceió tem apenas 30% da população atendida pelo PSF (Programa Saúde da Família) e as equipes estão mal distribuídas. Nós vamos ampliar o programa e redistribuí-las. Não tem sentido um bairro populoso como o Jacintinho ter o mesmo número de equipes que um local menor como Ipioca”, revelou.

De acordo com o candidato, antes de se construir novos postos de saúde é necessário fazer os mais de 60 já existentes funcionarem. “Cerca de 90% dos maceioenses dependem da rede pública de saúde. No entanto, espera-se dois meses para uma consulta ou um exame. Dinheiro existe para a saúde, o problema é de gestão, há recursos que voltam a Brasília pela falta de projetos”, disse.

Outra questão abordada por Jeferson Morais na Fiea foi a mobilidade urbana, na qual propôs dar incentivos para pequenas empresas se instalarem na periferia, evitando que muita gente tenha que se deslocar por grandes distâncias até o emprego; reduzir o número de semáforos na Fernandes Lima e implantar a Central de Inteligência de Trânsito para controlá-los conforme o fluxo de veículos; aproveitar os agentes de trânsito para organizar o trânsito; contratar engenheiros de tráfego para a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito.

Jeferson disse, ainda, que caso seja eleito vai melhorar a iluminação pública como forma de dar mais segurança à população; que vai investir na reciclagem para aumentar a vida útil do aterro sanitário; que vai construir bibliotecas na periferia; que

vai implantar escolas de tempo integral; que vai investir em saneamento, na limpeza das praias e na divulgação do destino Maceió para fortalecer o turismo.

“Maceió tem crescido e avançado muito na questão da infraestrutura. A cidade precisa de obras, mas é necessário também cuidar das pessoas. Vamos fazer isso sem prometer obras faraônicas, mas com os pés no chão”, ressaltou. O próximo candidato a ser ouvido pelas forças produtivas é Galba Novaes (PRB), na próxima sexta-feira (14), às 10h, na Casa da Indústria.