Secretário fala sobre vazamento de óleo diesel em São Sebastião

08/09/2012 00:45 - Saúde
Por Redação

O secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito, confirmou em entrevista ao G1, por telefone, que o vazamento de óleo diesel que atinge a Praia de Maresias nesta sexta-feira (7) é um dos maiores desastres ambientais da cidade nas últimas décadas. De acordo com a Defesa Civil foram 15 mil litros despejados. Já o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal informam que são 20 mil litros.

Segundo Hipólito, o pior registro de catástrofe ambiental ocorreu na cidade em maio de 1993, quando 2,7 milhões de litros de óleo vazaram após o rompimento de um oleoduto. Foram quase dois meses de trabalho para conter o vazamento. Ainda segundo o secretário, o último desastre ambiental na cidade ocorreu em fevereiro de 2004 no Rio Guaecá, mas teve proporções menores.

 

De acordo com o secretário, o óleo diesel que se derramou após o acidente caiu em um dreno, passou por vários córregos e foi direto para o mar sem nenhum tipo de contenção.

Como o produto tem um alto poder de dispersão, seu controle é mais complexo de ser feito. “Ao contrário do petróleo que deixa uma mancha preta na água, o óleo diesel é muito fino e você não vê, ele some. Com o grande movimento de banhistas e com a ajuda dos ventos ele vai se espalhando pelo mar. A contaminação estaria chegando nas águas de Paúba”, disse.

Eduardo disse ainda, que, a contaminação teria afetado gravemente pequenos córregos onde as águas ficam represadas, dentre eles o Água da Saúde, causando a mortalidade de muitos peixes. “Estamos pedindo para que o trabalho de contenção seja maior nesses pontos, onde nos informaram que há mais concentração de óleo diesel, para evitar que mais quantidade do produto vá para o mar”, afirmou.
 

Multas e cuidados
Hipólito afirmou ainda que pelo menos duas multas serão aplicadas, pois a contaminação afetou dois tipos de ecossistema: o mar e toda a região que leva a água ao oceano. A Defesa Civil e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foram acionados. Os trabalhos devem seguir durante o fim de semana e a próxima.

O secretário reforça os cuidados para que os banhistas evitem o contato com a água, já que 30% da costa já teria sido atingida. "A nossa preocupação é que essa praia é muito movimentada por turistas e especialmente surfistas. Como não dá para ver o óleo só é possível saber quando se tem contato com a água, principalmente pelo cheiro. Porém, o contato prolongado pode ser nocivo aos olhos e à pele", contou Hipólito.

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