Estreia de Fábio Porchat no cinema satiriza 'Tropa' e 'Cidade de Deus'

08/09/2012 07:40 - Gente
Por Redação
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Em tempos de pacificação dos morros no Rio, um filme que estreia no feriado de 7 de setembro volta a tratar da disputa do tráfico de drogas nas favelas cariocas. “Totalmente inocentes”, no entanto, deixa os tiros e cenas fortes de lado para fazer uma sátira adolescente de sucessos como “Cidade de Deus”, que completa 10 anos em 2012, e “Tropa de Elite”. Nesta segunda-feira (27), o diretor Rodrigo Bittencourt e o elenco encabeçado por Fábio Porchat, que debuta no cinema, conversaram com jornalistas em um cinema em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

"Foi muito bacana poder contracenar com alguém finalmente, porque no stand up sou eu sozinho há cinco anos", explica Porchat, conhecido por espetáculos como "Comédia em pé" e "Fora do normal". "Realmente foi muito legal, sou formado pela CAL [Casa de Artes de Laranjeiras], já fiz peças, mas foi meu primeiro filme. Ficar imerso naquele papel durante dois três meses, foi bem legal."

Porchat conta que usou o humor para viver o vilão João do Morro, que domina o tráfico na favela DDA (brincadeira com CDD, de Cidade de Deus), filmada no Dona Marta, Zona Sul do Rio. "Sou muito fã do Pedro Cardoso, e o meu papel era para ser dele. Me disseram que era meu se ele não topasse, aí pensei: 'Tomara que ele tenha mais o que fazer'. Até me inspirei nele, no Agostinho [de 'A grande família'], para fazer a cena da feijoada. Meu personagem é um vilão, mas que você tem que gostar dele. Guardadas as devidas proporções, é como o Coringa, do Batman. Era para ser divertido mas ser mal ao mesmo tempo, meio diabólico."

O diretor confirma o tom adolescente do filme e explica que a ideia da sátira surgiu de uma lacuna que enxergou no cinema nacional. “Achei que estava faltando alguma coisa contemporânea de satirizar o cinema. Aí escolhi esses filmes que adoro, ‘Cidade de Deus’ e ‘Tropa de elite’, de diretores que adoro [Fernando Meirelles e José Padilha]. Essa foi a ideia: fazer uma sátira. Era uma brecha que eu vi no quebra-cabeça que estava faltando”, comentou. "É um filme para adolescente mesmo, com essa pegada com cara de Youtube, Twitter, dessa galera, geração internet, que também é nossa", completou o jovem cineasta, de 33 anos, que também é ator, músico, poeta e escritor.

A trilha sonora tem paródias de canções como a tema de "Tropa de elite", que ganha letra infantil. Bittencourt também ousa ao fazer referências a chanchadas e até a filmes de Quentin Tarantino. "A gente sabia que estava dando a cara a tapa para uma propostas muito diferente. É um filme fora da curva, diz Iafa Britz, produtora da comédia ao lado de Mariza Leão - também parceira de Porchat no projeto "Meu passado me condena", série de humor do Multishow com estreia prevista para outubro.

Em tempos de pacificação dos morros no Rio, um filme que estreia no feriado de 7 de setembro volta a tratar da disputa do tráfico de drogas nas favelas cariocas. “Totalmente inocentes”, no entanto, deixa os tiros e cenas fortes de lado para fazer uma sátira adolescente de sucessos como “Cidade de Deus”, que completa 10 anos em 2012, e “Tropa de Elite”. Nesta segunda-feira (27), o diretor Rodrigo Bittencourt e o elenco encabeçado por Fábio Porchat, que debuta no cinema, conversaram com jornalistas em um cinema em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

"Foi muito bacana poder contracenar com alguém finalmente, porque no stand up sou eu sozinho há cinco anos", explica Porchat, conhecido por espetáculos como "Comédia em pé" e "Fora do normal". "Realmente foi muito legal, sou formado pela CAL [Casa de Artes de Laranjeiras], já fiz peças, mas foi meu primeiro filme. Ficar imerso naquele papel durante dois três meses, foi bem legal."

Porchat conta que usou o humor para viver o vilão João do Morro, que domina o tráfico na favela DDA (brincadeira com CDD, de Cidade de Deus), filmada no Dona Marta, Zona Sul do Rio. "Sou muito fã do Pedro Cardoso, e o meu papel era para ser dele. Me disseram que era meu se ele não topasse, aí pensei: 'Tomara que ele tenha mais o que fazer'. Até me inspirei nele, no Agostinho [de 'A grande família'], para fazer a cena da feijoada. Meu personagem é um vilão, mas que você tem que gostar dele. Guardadas as devidas proporções, é como o Coringa, do Batman. Era para ser divertido mas ser mal ao mesmo tempo, meio diabólico."

O diretor confirma o tom adolescente do filme e explica que a ideia da sátira surgiu de uma lacuna que enxergou no cinema nacional. “Achei que estava faltando alguma coisa contemporânea de satirizar o cinema. Aí escolhi esses filmes que adoro, ‘Cidade de Deus’ e ‘Tropa de elite’, de diretores que adoro [Fernando Meirelles e José Padilha]. Essa foi a ideia: fazer uma sátira. Era uma brecha que eu vi no quebra-cabeça que estava faltando”, comentou. "É um filme para adolescente mesmo, com essa pegada com cara de Youtube, Twitter, dessa galera, geração internet, que também é nossa", completou o jovem cineasta, de 33 anos, que também é ator, músico, poeta e escritor.

A trilha sonora tem paródias de canções como a tema de "Tropa de elite", que ganha letra infantil. Bittencourt também ousa ao fazer referências a chanchadas e até a filmes de Quentin Tarantino. "A gente sabia que estava dando a cara a tapa para uma propostas muito diferente. É um filme fora da curva, diz Iafa Britz, produtora da comédia ao lado de Mariza Leão - também parceira de Porchat no projeto "Meu passado me condena", série de humor do Multishow com estreia prevista para outubro.

Leandro Firmino e Fábio Lago, o Zé Pequeno de "Cidade de Deus" e o Baiano de "Tropa de Elite", respectivamente, estão no elenco, mas do outro lado, como uma dupla de PMs. "Era legal trazer atores que tinham trabalhado em 'Cidade' e 'Tropa', ou outros favela-movies, para trabalhar nessa sátira. Como eles vinham desses filmes, ajudaram muito improvisando dentro desse tema", contou Bittencourt.

Fábio Assunção vive um fotógrafo atrapalhado, que tem como chefe a personagem de Ingrid Guimarães, ótima no papel de uma lésbica assanhada. Outro que rouba a cena é Kiko Mascarenhas, que dá vida à Diaba Loira, travesti chefe do tráfico que é traída por João do Morro. Mariana Rios vive Gildinha, estagiária de jornalismo e musa de três personagens, e Lucas de Jesus interpreta Da Fé, melhor amigo de Bracinho (Gleison Silva), irmão do pequeno Torrado (Cauê Campos) e empregado do "chinês" dona da pastelaria (Alamo Facó). Felipe Neto completa o elenco, como um videoblogueiro que vira uma espécie de narrador da trama.

Produzido com custo de R$ 3,5 milhões, o filme será distribuído somente em formato digital, sem cópias em película.

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