Pirataria 'aumenta' valor de produtos de luxo originais, indica estudo

03/09/2012 17:59 - Brasil/Mundo
Por Redação

A pirataria nem sempre prejudica as marcas de luxo: segundo uma pesquisa feita na Universidade Internacional Livre de Estudos Sociais Guido Carli, de Roma, a falsificação pode "fazer bem" para algumas marcas – apesar de ser ilegal. Esse "efeito", de acordo com o estudo, ocorre porque consumidores se dispõem a pagar mais por um produto quando sabem que existem versões falsificadas.

“É o que chamamos de ‘prêmio por esnobar’, o quanto os consumidores estão dispostos a pagar a mais por um produto para se distinguir dos outros consumidores”, diz a coordenadora da pesquisa “Quando falsificações aumentam o apelo das marcas de luxo”, Simona Romani.

Quanto mais conhecida a marca e mais óbvia a existência de pirataria, mais os consumidores estão dispostos a pagar, mostra o estudo. Diante de uma bolsa Gucci, as consumidoras concordaram em pagar € 135,19 a mais quando souberam que havia uma versão pirata no mercado.

Sem falsificações, as consumidoras concordaram em desembolsar € 207,67 pela bolsa. Ao saber que tinham a original em meio às piratas, elevaram o pagamento para € 342,86.

No Brasil, mais de 61 milhões de bolsas e assessórios falsificados ou contrabandeados foram apreendidos pela Receita Federal no ano passado. O número mais que dobrou em relação a 2010, cresceu 118%, de acordo com dados da receita.

Ainda não há dados sobre as apreensões deste ano, mas em apenas um dia foram apreendidas 7.500 bolsas falsificadas das marcas Louis Vuitton, Michael Kors e Victor Hugo vindas da China no porto de Suape, em Pernambuco, segundo a receita.

'Pop de luxo'
 

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