Alagoas está consumindo mais energia. É o que garantem os dados divulgados na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério das Minas e Energia, nesta semana. Com índices expressivos, Alagoas desponta na frente do Nordeste com 35,6% de variação no setor industrial, 10% em consumo comercial e 18% em consumo total de energia em julho, em comparação com o mesmo período do de 2011.
Enquanto nos últimos meses todo o país apresentou retração significativa no setor industrial, Alagoas foi o único do nordeste a apresentar crescimento em seus índices. À frente de estados como a Bahia e o Maranhão, que apresentaram desempenho muito abaixo do esperado, Alagoas ocupou o topo da lista com 35,6%, folga de 15,8% diante do segundo lugar, o estado do Piauí com 19,8%. As explicações para o que aconteceu em Alagoas apontam para o desenvolvimento econômico verificado nos últimos anos.
“O Governo de Alagoas cobra e oferece condições para as ações em prol do desenvolvimento econômico, com o intuito de fazer de Alagoas um grande celeiro de investimentos. Os resultados obtidos por essa política são evidentes, os números deixam isso claro. Esses 35% em desempenho para o consumo de energia no setor industrial são um reflexo da quantidade de empreendimentos que conseguimos prospectar e instalar em Alagoas desde o início do Governo de Teotônio Vilela”, ressaltou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.
Dentro da classe industrial, é inegável o impacto positivo que o setor de plásticos representa nesse número. Segundo dados da Eletrobras Distribuição Alagoas, só no período equivalente a abril e junho o segmento cresceu 48,8%, devido à implantação de novas indústrias da cadeia produtiva do Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela, localizada em Marechal Deodoro.
Dentro do complexo está localizada a nova planta da Braskem, que além de tornar Alagoas o maior produtor de PVC da América Latina, trouxe para o Estado investimento de R$ 1,1 bilhão, maior já feito pela empresa no Brasil.
Nordeste
Correspondente a 17% da energia total consumida no País, a região alcançou um índice de expansão de 5,8%, superando o desempenho nacional de 3,8% desde o início deste ano. Nas três classes analisadas na pesquisa, de julho de 2011 a julho de 2012, o Nordeste teve desempenho maior que o do restante do país. A classe industrial com 1,2%, a residencial com 6,2% e o setor comercial com 9,1%, contra 0,9%, 4,6% e 7,3% respectivamente, do Brasil.
“Os números são expressivos e apontam que o Nordeste continua sendo um importante motor de crescimento da economia brasileira. Nos últimos anos, o crescimento do consumo energético vem demonstrando que a industrialização na região é um fator irreversível, o que nos leva a outras questões, como a diversificação das fontes de energia”, ressalta o secretário adjunto de Energia e Recursos Minerais da Seplande, Jackson Pacheco.
A produção de energia a partir do aproveitamento da biomassa, ou seja, de resíduos de produtos como o coco e a cana-de-açúcar já começa a ser uma realidade do Estado, com a atração de empreendimentos como a Renove, em Rio Largo, e a Ben Bioenergia, em Teotonio Vilela. “As duas fábricas já estão em fase de testes e devem começar a funcionar em pleno vapor em pouco tempo”, conclui Jackson Pacheco.