Em sabatina, candidatos a prefeito expõem propostas

30/08/2012 11:22 - Política
Por Redação
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Durante toda manhã desta quinta-feira (30) os professores e alunos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) sabatinaram os candidatos a prefeito de Maceió. As ausências sentidas foram de Jeferson Morais (DEM) e Rosinha da Adefal (PT do B). Galba Novaes (PRB) não compareceu ao evento, mas enviou o candidato a vice coronel Ivon Berto como seu representante.

Apesar das diferentes linhas de pensamento, todos os candidatos foram unânimes em apontar o ensino escolar em regime integral como saída para o caminho da violência. O auditório estava completamente lotado e participação do alunado aconteceu durante toda a sabatina.

Em seguida, os candidatos colocaram na mesa suas propostas para a saúde pública da cidade. Alexandre Fleming foi o primeiro a comentar e pontuou os principais gargalos. “Maceió foi completamente abandonada nos últimos anos da administração do prefeito Cícero Almeida. O Programa Saúde Família não chega à grande parte da população maceioense. Precisamos mudar de foco. A sociedade quer e exige mudança. As subprefeituras trarão uma dinamização nesse processo”, colocou.

Logo após, Ivon Berto mostrou as propostas do seu grupo e lembrou algumas ações de Galba Novaes. “Como vereador, Galba sempre se mostrou preocupado com a saúde. Não estamos apenas no discurso. Existem vários projetos de lei do nosso candidato em prol da sociedade. O governo Galba Novaes de Castro não vai se omitir em resolver esses problemas crônicos. Os Institutos Galba Novaes desempenham, há muito tempo, um grande trabalho em favor dos maceioenses”, expôs.

Nadja Baía, do PSS, colocou para os presentes suas propostas e lembrou que atua nesse setor há muito tempo como servidora pública. “Não é a primeira experiência com as dificuldades da saúde. Em casa, com meus parentes, discuto todas essas problemáticas.

Saúde é vida e o gestor público não deve se esconder atrás de um birô e pronto. Devemos ouvir, pesquisar e encontrar soluções. Se fiz um bom trabalho na saúde como servidora pública imagina como prefeita de Maceió. O Estado de Alagoas não tem capacidade de gerir os hospitais. Então, diante desse quadro, vamos municipalizar essa assistência médica. O Concurso público também será nossa prioridade”, assegurou.

Ronaldo Lessa (PDT) falou em seguida e fez questão de informar que a saúde pública é problemática em todo país. “A própria presidente da República, Dilma Rousseff, admitiu que a saúde é o principal gargalo do país. E em Maceió não é diferente. Em parceria com o governo Federal, vamos aliviar o sofrimento dos maceioenses. Muito já foi feito, mas sempre é possível fazer mais. O programa do PSF deve ser levado a toda Maceió. A atenção básica é fundamental”, apontou.

Rui Palmeira criticou a administração de Almeida e colocou para os estudantes suas propostas. “É lamentável que pessoas passem a madrugada na fila em busca de atendimento médico. E quando conseguem o agendaemento é para dois, três e até quatro meses. Um absurdo. Em pleno século XXI, os postos não têm um sistema informatizado. A construção de UPA’S também será nossa prioridade. Outra saída é a construção de um hospital e maternidade municipal. Atualmente, 85% do atendimento médico em Maceió são realizados no Hospital Geral do Estado (HGE)”, frisou.

Sérgio Cabral, do PPL, finalizou, no primeiro momento, a discussão sobre saúde. “O Brasil é um país rico e não é aceitável que  saúde seja tratada como quinta prioridade. A falta de financiamento resulta nessa situação crônica que vivemos hoje. Quando eleito vamos transformar esse conceito”, criticou.

 

 

Outro tema levantado na sabatina foi segurança pública. De acordo com Fleming, a ausência de políticas púbicas coesas resultou na situação calamitosa que os maceioenses vivem hoje. “Por meio da educação integral, vamos tirar as crianças do crime. Questões simples foram esquecidas pela Prefeitura nos últimos oito anos.A iluminação pública precária resulta, diretamente, no aumento da criminalidade. Em parceria com os conselhos tutelares, vamos combater a violência contra a criança e proteger a vida. A criação de emprego e renda é outra prioridade de nossa gestão. Sem esquecer, lógico, o esporte, lazer e cultura”, comentou.

Como militar, o representante de Galba Novaes informou que ninguém conhece a situação da segurança pública como ele. “Não podemos aceitar que os números da violência em Maceió são normais. Em regra, são quatro pessoas que morrem assassinadas diariamente na capital. Precisamos reverter esse quadro. São 50 bairros em Maceió e vamos trabalhar para colocar representantes dessas regiões no Conselho Estadual de Segurança Pública. Por meio da discussão, vamos melhorar nossa cidade”, ponderou.

Nadja também comentou o tema segurança pública. A candidata do PPS prometeu lutar contra a cultura da morte que Alagoas ainda carrega. “Minha família foi vítima da violência. Tive parentes que foram covardemente assassinados. A cultura da violência tem que mudar. Precisamos minimizar esses anseios e transformar a realidade. A cultura da vida deve prevalecer. A dor e a lágrima da morte devem ser lembradas apenas como um triste passado do nosso estado”, colocou.

Lessa, criticou duramente o governo de Alagoas e apontou Teotonio Vilela como o principal responsável para a escalada da violência. “É preciso ter coragem para enfrentar a bandidagem. Não podemos nos omitir. Esse governo aí está levando o lixo para debaixo do tapete. É lamentável. Mais do que nunca são necessárias políticas públicas que tenham como objetivo a retirada dessa meninada das ruas. O discurso da mentira não deve prosperar. Vamos combater a criminalidade sem esquecer a humanização”,prometeu.

Em seguida, Rui rebateu Lessa e mostrou algumas das suas propostas. “Segundo dados do Datasus, em 1999 Alagoas ocupava o 14º lugar no ranking da violência do país. Em 2006, o nosso estado começou a ocupar a liderança. Apontar para os outros é fácil sem assumir suas responsabilidades. Temos o projeto Bairro da Paz para combater a violência. Além de fortalecer o combate ao crime, vamos investir nos guardas municipais. Atualmente, eles estão desmotivados”, criticou.

Sérgio Cabral finalizou a discussão brincando que as propostas dos seus adversários são, na verdade, suas propostas modificadas. “De um modo ou de outro estou feliz. Já que eles pegaram as nossas propostas. O PPL está à disposição da sociedade para assumir um papel de um órgão fiscalizador. Apenas apontar culpados não é a solução, vamos trabalhar para alterar essa triste realidade”, anunciou.
 

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