O hibisco, uma planta medicinal utilizada principalmente como hipertensivo, redutor de colesterol e também com forte caráter antioxidante, foi utilizado pelos alunos da Escola Estadual Nossa Senhora da Conceição, de Lagoa da Canoa, Carlos André Lima e Carlos Henrique Silva, para obtenção de corantes alimentícios extraídos das flores vermelhas.
A pesquisa, desenvolvida pelos alunos no laboratório da escola, já foi apresentada à comunidade científica em dois eventos: na Mostra de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no Rio Grande do Sul e na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada pela Universidade de São Paulo (USP). E entre os dias 18 e 21 de setembro, será apresentada na 3ª Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí, no Pará.
Como explica o professor Edjames, a pesquisa no geral observou-se que a utilização do hibisco (hibiscus rosa-sinesis) é uma opção viável dos corantes alimentícios naturais em substituição dos artificiais. Ele informa ainda que quanto a detecção da coloração ideal, das amostras apresentadas a que melhor apresentou cor, odor e sabor agradável foi no segundo experimento.
Para o aluno Carlos André Lima, o hibisco é sim uma fonte alternativa da substituição dos corantes alimentícios sintéticos, aliados a hábitos saudáveis de alimentação, atuando na coloração positiva, que tanto influencia na escolha pelo alimento no dia da população em geral. Além disso, destaca ele, a necessidade surgiu devido ao aparecimento de doenças degenerativas, como o câncer.
Os alimentos escolhido para o processo de coloração foram o inhame, o macarrão e o arroz, todos selecionados de acordo com suas características físicas que melhor facilitasse a análise dos resultados, ou seja, a cor.
Combate ao câncer - Carlos Henrique da Silva, aluno que integrou a equipe de trabalho, destaca que a pesquisa tem sua importância social, principalmente para prevenção e tratamento de doenças degenerativas. “Nosso propósito foi pensar basicamente em nossa sociedade”, conta.
Henrique informa ainda que o objetivo da participação em eventos científicos é divulgar a pesquisa e, consequentemente, fazer uso para combater doenças degenerativas, já que o anticionina é o princípio ativo que previne o câncer, já constatado pela comunidade científica. “Estudos mostram que as antocianinas apresentam atividades anticancerígenas, antioxidantes e antivirais”, explica.
Na pesquisa, foram extraídos os pigmentos das flores vermelhas usando dois tipos de extração: alcoólica e aquosa, adquiridas na própria região.