Declaração de Sapucaia traz Operação Taturana para campanha

25/08/2012 05:17 - Política
Por Redação
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Maior escândalo de desvio de recursos de Alagoas, o caso dos “taturanas” na Assembleia Legislativa surgiu pela primeira vez no guia eleitoral dos candidatos à prefeitura de Maceió com o desembargador aposentado Antonio Sapucaia declarando voto no candidato Rui Palmeira (PSDB).

No programa de TV do candidato tucano desta sexta-feira (24), Sapucaia diz que é “dever moral” votar em Rui Palmeira, destacando o trabalho do parlamentar na cobrança por transparência e por apuração rigorosa das denúncias de desvios investigadas pela Polícia Federal. Até então o tema não havia sido abordado de forma direta em nenhuma outra propaganda de TV.

Sapucaia foi o magistrado responsável por afastar temporariamente do mandato em 2008 os deputados acusados do desvio de R$ 302 milhões dos cofres do legislativo estadual. Entre os indiciados na Operação Taturana da Polícia Federal está o prefeito Cícero Almeida (PEN).

Entre os deputados que foram afastados do mandato na época das investigações estavam os parlamentares Antonio Albuquerque , Cícero Ferro, Marcos Ferreira , João Beltrão, Nelito Gomes de Barros, Dudu Albuquerque e Isnaldo Bulhões Junior.

O que foi a Taturana

Eram aproximadamente cinco horas da manhã do dia 06 de dezembro de 2007, fazia pouco tempo que a Polícia Federal estava sob nova coordenação e o que parecia ser uma quinta-feira qualquer era na verdade o início de um novo capítulo na história recente de Alagoas.

Já na primeira coletiva, o superintendente José Pinto de Luna e o delegado responsável pela operação Janderlier Gomes, começaram a explicar que as investigações apontam desvio de R$ 302 milhões dos cofres do Legislativo.
No final de março de 2008, em decisão inédita e histórica, Antonio Sapucaia determinou o afastamento do mandato de 10 deputados indiciados pela Operação Taturana.

O Procurador Geral de Justiça Coaracy Fonseca e o desembargador Antonio Sapucaia passaram então a receber ameaças de morte . O delegado Janderlier Gomes, em um trabalho desgastante, entregou o inquérito a Justiça, nele está contido, de acordo com a PF,provas irrefutáveis, gravações telefônicas, documentos , todas as comprovações necessárias sobre o esquema.

O inquérito, presidido pelo delegado Jandelyer Gomes, teve como resultado 111 indiciados, entre eles um conselheiro do Tribunal de Contas, 15 deputados, 11 ex-deputados, dois prefeitos, três secretários municipais, cinco candidatos nas últimas eleições, seis bancários, 30 funcionários da ALE e 10 familiares de políticos.

 


 

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