Lei determina punição para unidades que não têm Comissão de Infecção Hospitalar

24/08/2012 19:29 - Saúde
Por Redação

As unidades hospitalares que não dispõem de uma comissão de infecção hospitalar podem sofrer sanções administrativas, caso sejam notificadas por inspetores da Vigilância Sanitária Estadual. Isso é o que prevê a Lei Federal 2.616, sancionada em 1998, que foi apresentada e discutida durante o I Encontro para Formação das Coordenações de Controle de Infecção em Serviços de Saúde, realizado na quinta (23) e sexta-feira (24), no Hotel San Marino, em Maceió.

Voltado para representantes dos estabelecimentos de saúde de 14 municípios alagoanos, o evento trouxe a Maceió especialistas na implantação de comissões de infecção hospitalar, a exemplo de Cláudia Ribeiro, técnica da Vigilância Sanitária do Paraná. Ela informou que há mais de dez anos a Lei Federal está em vigor e, portanto, não há justificativa para que as unidades de saúde ainda não tenham se adequado.

As Comissões de Infecção Hospitalar são importantes para evitar o desencadeamento de problemas como a contaminação de pacientes com as chamadas superbactérias. “É imprescindível que todas as unidades de saúde, principalmente as que possuem UTIs [Unidades de Terapia Intensiva], venham a dispor deste serviço, para que sejam evitadas contaminações e infecções”, explicou Cláudia Ribeiro. Ela foi sucedida pela patologista do Laboratório Central de Alagoas (Lacen-AL), Ivoneide Barroso, que destacou a importância dos laboratórios para o controle das infecções hospitalares.

Infecções

O diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, ressaltou que as Comissões de Infecção Hospitalar tranquilizam os pacientes quanto à ocorrência de infecções e superbactérias. “Algumas infecções podem provocar a morte dos pacientes. Daí a necessidade de contarmos com profissionais que trabalhem com foco na prevenção, já que o índice de infecções corresponde a 17%, já nos países desenvolvidos essa média não ultrapassa os 5%”, informou.

Ainda de acordo com Paulo Bezerra, as infecções hospitalares podem ser adquiridas no momento da internação do paciente, 72 horas depois ou 48 horas após a alta médica. Por isso, segundo ele, a importância de que os hospitais criem as comissões, que são responsáveis pelo diagnóstico de casos suspeitos e pela padronização das técnicas de assepsia, promovendo treinamento para os funcionários.

“Com a implantação das comissões, haverá uma vigilância diante dos profissionais, para que higienizem corretamente as mãos. Eles também devem utilizar álcool gel, papel toalha, além de evitar sair do hospital com jaleco, já que ele é um transmissor em potencial de bactérias e vírus”, destacou o diretor da Vigilância Sanitária Estadual.

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..