Depoimentos ajudam polícia em investigação sobre morte de Reyneri

23/08/2012 07:57 - Interior
Por Redação
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Os depoimentos colhidos pelo delegado Manoel Wanderley na última terça-feira (21) ajudaram a Polícia Civil a traçar linhas de investigação sobre o assassinato do agropecuarista Reyneri Canales, morto a tiros na Fazenda Acapulco, localizada no povoado Santo Antônio, em Palmeira dos Índios. A principal é de que se trata de um crime de encomenda, devido às características do assassinato.

A namorada de Reyneri, um advogado da família, além do gerente e funcionários da fazenda foram ouvidos pela autoridade policial. No entanto, o conteúdo dos depoimentos é mantido em sigilo pelo delegado, mas de acordo com o agente Sandro, da Delegacia de Palmeira dos Índios, as informações repassadas por testemunhas contribuíram para o encaminhamento do caso.

“Foram depoimentos importantes, mas que não podem ser adiantadas informações para não atrapalhar o caso. Funcionários da fazenda foram ouvidos já que estavam no local no momento do crime. Alguns pontos começam a ser esclarecidos e com isso, a polícia já tem linhas de investigação traçadas”, confirmou o agente, sem entrar em detalhes.

A característica de crime de encomenda deixa a polícia ainda mais direcionada para o envolvimento do agropecuarista em confusões com pessoas da região. O agente explicou que não existem registros na delegacia referente a esses casos, mas que todas as informações chegadas ao delegado estão sendo checadas.

“Na cidade se fala dessas brigas que ele se envolvia, mas não há nenhum boletim de ocorrência ou coisa do tipo aqui na delegacia. O que se sabe é que pelas características do homicídio, a forma que os homens chegaram à fazenda, trata-se de pessoas contratadas para praticar o crime. O trabalho da polícia agora é saber quem fez e o motivo”, acrescentou o policial civil.

Reyneri Canales foi assassinado no dia 16 deste mês quando chegava a sua fazenda. O crime foi praticado por quatro homens que efetuaram vários disparos contra o agropecuarista. Segundo os peritos do Instituto de Criminalística, foram encontradas vinte e oito perfurações de arma de fogo no corpo do fazendeiro, que também é advogado.

Reyneri era bastante conhecido na cidade pelos seus empreendimentos. Ele era um dos poucos criadores de cavalos de raça da cidade, além de ser filho de uma das mais competentes médicas obstetras da região.

Por ser advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) chegou a se encontrar com o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, solicitando que um delegado especial fosse designado para atuar no caso. No entanto, o pedido foi descartado e quem continua nas investigações é Manoel Wanderley.

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