Vereadores denunciam compra de votos até R$ 100

15/08/2012 02:40 - Política
Por Redação
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Quem acompanhou as sessões ordinárias da Câmara de Maceió nas últimas duas semanas ouviu diversas denúncias de vereadores que dizem estar surpresos com a quantidade abusiva “de pessoas que estão comprando votos’”em alguns bairros de Maceió. Na sessão desta terça-feira (14), mais uma vez os vereadores levaram o assunto a debate no parlamento da Casa de Mário Guimarães.

O tema compra de voto foi levantado, no primeiro momento, pelo presidente da Casa e candidato a prefeito de Maceió Galba Novaes de Castro (PRB). Segundo ele, os profissionais que aliciam os eleitores estão espalhados em todos os cantos da cidade.

“No Tabuleiro, por exemplo, tem candidato usando e abusando do poder econômico. Como muitas pessoas estão desempregadas, elas acabam caindo na história. Sugiro que eles peguem o dinheiro, mas não votem”, expôs Galba durante recente pronunciamento na Tribuna do parlamento.

Policia Federal

Na manhã desta terça-feira (14), Marcelo Malta (PC do B) afirmou que apesar de ter conhecimento de “alguns compradores de voto” é papel da Polícia Federal investigar e apontar os responsáveis.

“Não serei polícia. Agora, é preciso que tenhamos um pleito de propostas e não de compra de votos. Que Câmara será essa composta por essas pessoas?”, questionou ele. Ainda segundo os vereadores, os valores estão entre 30,50 e até 100 quando o voto ‘casado’ se estende ao candidato majoritário.

Apesar de não citar nomes, os vereadores apontam em direção de um candidato que faz parte da segurança pública de Alagoas. “Está um verdadeiro absurdo! Nesta eleição a compra de votos está desenfreada. É compromisso de boca e não tem mais o cadastro”, frisou Novaes.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal (MPF), para reprimir a compra de votos o órgão pode atuar diante da formulação das denúncias ou de alguma informação mais precisa.

Em Maceió, os eleitores contam com diversos sistemas para denúncia. Os sites da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) contam com o dispositivo para denunciar candidatos ou cabos eleitorais que cometam irregularidades. OAB e MCCE atuam em parceria com a Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral. 

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