Em protesto no Centro, Bope e ambulantes entram em confronto

06/08/2012 09:54 - Maceió
Por Redação
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O confronto envolvendo ambulantes e policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) terminou com um preso, cinco pessoas feridas e a denúncia de abuso de poder. A confusão aconteceu nesta segunda-feira (06), devido à polêmica transferência dos comerciantes para um estacionamento localizado na Praça dos Palmares, no Centro de Maceió. O lugar foi alugado pela prefeitura para abrigar os ambulantes que não foram beneficiados com uma banca no Shopping Popular recentemente inaugurado.

Desde o último sábado (04), os ambulantes foram impedidos de permaneceram no calçadão do comércio, após a realização do sorteio pela prefeitura. Hoje, eles organizaram um apitaço e percorreram várias ruas do comércio. O sorteio, realizado na semana passada, não agradou os comerciantes que terão que ocupar um espaço pequeno. Eles reclamam da falta de estrutura do local e querem ser mantidos no calçadão para evitar perdas nas vendas.

Mas o que deveria ser uma manifestação pacífica se tornou um grande caos em Maceió. Uma grande confusão se instalou no comércio com o bloqueio da Ladeira dos Martírios e a Rua do Sol, locais de grande tráfego de carros e corredor de transporte. O protesto causou revolta de motoristas que precisavam passar pelo local neste início de semana, causando ainda um grande congestionamento no entorno do Centro. Até mesmo na Avenida Fernandes Lima era possível observar o caos no trânsito.

A chegada do Bope não agradou os manifestantes que entraram em confronto com os militares. Eles precisaram enfrentar os ambulantes para tentar pôr fim ao protesto. Por conta da ação, muitas lojas acabaram fechando temendo a segurança do estabelecimento e dos funcionários.

O clima ficou tenso quando a polícia chegou, sendo recebida a pedradas pelos camelôs. Apesar da tentativa de negociação do Bope, os ambulantes se mostraram indignados e partiram para o ataque, segundo os militares. Bombas de efeito moral foram lançadas nas ruas para tentar dispersar o grupo.

De acordo com os ambulantes, os policiais chegaram atirando com balas de borracha. “O protesto estava acontecendo de forma pacífica e eles já chegaram entrando em confronto conosco”, disse a ambulante Maria Goreti, esposa de José Francisco, comerciante preso durante o protesto.

A jovem Jéssica Araújo, 20, afirmou ter sido agarrada pelo pescoço. “Eles me pegaram e ainda fui esculhambada. Nós somos cidadãos e não podemos ser tratadas dessa forma”, desabafou.

O grupo seguiu para a OAB onde devem formalizar a denúncia.

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