Novo exame pode aumentar acusação sobre Marcelinho Paraíba

03/08/2012 19:04 - Futebol
Por Redação
Image

O inquérito que acusa o jogador Marcelinho Paraíba de ter estuprado a advogada Rosália Zabatos de Abreu teve mais um exame de corpo de delito anexado ao documento. De acordo com a Polícia Civil, a suposta vítima procurou a Delegacia da Mulher alegando ter ficado com uma cicatriz no rosto em função da agressão cometida pelo atleta. Se comprovado, a descrição do crime pode passar de estupro com lesão leve para lesão grave.

Zabatos alega que Marcelinho a obrigou a beijá-lo durante uma festa realizada no dia 30 de novembro do ano passado, no sítio do jogador. Na ocasião, o atleta comemorava o retorno do seu clube na época, o Sport Recife, à elite do futebol nacional. Ele chegou a ficar preso por algumas horas em um presídio de Campina Grande. Ele segue em liberdade provisória.

Segundo o coordenador da Central de Polícia de Campina Grande, delegado Kelson Vasconcelos, o exame solicitado pela própria vítima há cerca de 15 dias já foi realizado. No entanto, a delegada responsável pelo caso, Herta de França, não quis divulgar o resultado do exame que agora será avaliado pelo promotor Macrus Leite.

- Se for comprovado que a cicatriz foi causada por uma suposta agressão, Marcelinho seria citado por lesão grave em vez de lesão leve, o que muda a conotação da acusação - disse o promotor.

O advogado de Marcelinho, Afonso Vilar, disse estranhar o aparecimento dessa cicatriz somente agora, mais de oito meses depois do ocorrido. Para ele, essas novas diligências feita pela delegada não devem modificar o indiciamento.

- Eu estranho porque, na época da confusão, ela não falou nada sobre cicatriz e agora apresenta esse argumento justamente quando a delegada encerrou o inquérito e iria entregar ao Ministério Público. Ou seja, são sucessivas acusações que tecnicamente não devem ter força em um futuro processo – disse.

Esta já é a terceira vez que Herta de França modifica o inquérito, que já teve três promotores acompanhando o caso. Romualdo Tadeu foi quem recebeu a versão inicial do documento, mas em março devolveu à delegada alegando que as provas e depoimentos apresentados por ela eram insuficientes. No entanto, a delegada demorou cerca de três meses para concluir as novas diligências. Durante este tempo, Ismênia Nóbrega chegou a esperar pelo documento, que só chegou ao MP em junho. Marcus Leite analisou e novamente devolveu à Polícia Civil.

O promotor agora espera receber o inquérito para avaliá-lo e decidir se oferece denúncia contra o atleta e quais seriam as acusações. A delegada Herta de França citou a presença de 'lesão leve' nos lábios da vítima, com base nos primeiros exames de corpo de delito, o que já sustenta o indiciamento por estupro. Mas, em posse do novo exame, o promotor pode pedir uma condenação mais grave.

Também durante este período de atraso, o atleta mudou de clube. Na época da confusão, Marcelinho Paraíba defendia as cores do Sport Recife e chegou até a receber o prêmio de Craque do Campeonato Pernambucano. No mês passado, no entanto, o jogador trocou o rubro-negro para disputar a Série B pelo Grêmio Barueri.

 

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..