Quem não se comunica, se trumbica

30/07/2012 12:52 - Geral
Por Candice Almeida

“Quem não se comunica, se trumbica!”, era com esse bordão que Chacrina, nos anos 80 incentivava sua platéia, calouros e até seus jurados a se manifestarem, a expressarem suas opiniões sobre tudo o que era abordado em seu programa de TV.

O tempo passou e hoje, na era da comunicação, ditados como "a palavra é de prata e o silêncio é de ouro", acabam sendo adaptados para o silêncio é de ouro, mas a palavra certa, no meio certo e na hora certa é de valor inestimável.

Somos bombardeados por informações incansavelmente, todos os meios de comunicação estão ligados e conectados 24 horas. As redes sociais e as mídias em geral têm cumprido papel essencial na diversificação dessas informações e na formação da opinião pública.

Mais que sabido é que hoje os meios não são meros produtores de informações e disseminadores de notícias, também são resultado do que é produzido pelas próprias mídias, em especial as virtuais.

Aqueles que entendem melhor como as ferramentas funcionam e para que servem saem na frente, e se conseguirem bem utilizá-las, abrem portas e janelas de forma definitiva e efetiva. Por meio das redes é possível atrair atenção para suas ações, suplantá-las em virtudes e amenizar os defeitos.

Daí porque as redes sociais têm assumido papel preponderante nas campanhas eleitorais. Por mais que seja incontroverso que a parcela da população que tem acesso a essas mídias ainda é muito limitada, a intenção é convencer justamente os multiplicadores, assim economiza-se em tudo o mais que é dispendioso, especialmente comunicação gráfica.

Entretanto, os que não possuem interesse em aprender, dedicar-se e interagir com os usuários das mais distintas esferas poderá incorrer no maior pecado da identidade política de um candidato, o sepultamento prematuro de tudo o que já foi investido em comunicação visual.

Conseguir o apoio de formadores de opinião ou de bons disseminadores de conteúdo não é fácil, mas quando atrai para si críticas e reprimendas, a repercussão é certa e pode tomar dimensões inimagináveis.

Entendam, caros candidatos, que a campanha eleitoral é o momento do debate, da apresentação das propostas, da interação com o eleitorado e da sua adequação ao interesse público.

Se por um lado não é fácil quebrar a resistência da parcela significativa de usuários das redes interessados mais em entretenimento que em política, por outro, diante da demanda do eleitorado, o candidato não pode se furtar de corresponder, ou estará produzindo conteúdo contra si próprio.

E mais, fica registrado o alerta que ambas as parte devem se comunicar com cordialidade, não é porque as pessoas estão “escondidas” atrás de uma máquina que do outro lado não há uma pessoa dotada de sentimentos – animação e frustração.

Aproveitem a aproximação que os meios virtuais proporcionam, conecte-se a seus candidatos e extraia deles as informações mais relevantes para formar sua opinião, assim vote consciente.

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