Prefeito, vice e presidente da Câmara têm candidatura indeferida em MG

27/07/2012 02:39 - Política
Por Redação

Em Douradoquara, no Alto Paranaíba, o prefeito da cidade, Clésio Gomes Mendonça (DEM), o vice, Guaraci Gomes (PMDB) e o presidente da Câmara, Isauro Felisberto Júnior (PRB) entraram com recurso contra a decisão da Justiça Eleitoral que acatou o pedido do Ministério Público e indeferiu o registro de candidatura dos três políticos. Eles foram presos em flagrante no dia 2 julho por corrupção eleitoral. De acordo com a técnica judiciária do cartório eleitoral de Monte Carmelo, Thaise Morais, o pedido da coligação foi protocolado nesta quinta-feira (26).

Segundo o juiz eleitoral, João Marcos Luchesi, nos livros rubricados pela Justiça Eleitoral dos partidos DEM e PRB guardados no cartório eleitoral não apresentavam nenhuma transcrição de deliberação pelos partidos sobre as eleições deste ano. A justificativa de que o pré-candidato a prefeito da cidade, Walter Mundin Gomes (PRB), responsável pela denúncia de corrupção, teria dificultado a entrega da ata não é válida, pois não há nenhum indício que comprove a conduta irregular do candidato. Caso tivesse acontecido, a coligação deveria ter avisado em momento oportuno, segundo o juiz.

Luchesi disse ainda que a apreensão do livro por parte do Ministério Público também não justifica a falta de registro da ata. Segundo o juiz, a apreensão aconteceu três dias após a suposta convenção de oficialização de candidatura. Para o juiz, os partidos não realizaram de forma regular e até a data prevista a lavratura da ata em livro rubricado pela Justiça Eleitoral que viabilizaria a candidatura.

O caso
O pedido do Ministério Público decorreu ao flagrante da Polícia Civil (PC) depois que o pré-candidato a prefeito de Douradoquara, Walter Mundin Gomes (PRB), denunciou que estava sendo vítima de suborno para fins eleitorais. Walter seria candidato pela coligação do PRE com os partidos PT, PSB e PSDB, mas só foi informado que não seria mais no último dia para oficialização da candidatura.

Ainda segundo Walter, a oposição propôs que ele desistisse da candidatura e apoiasse a reeleição de Clésio. Em troca, ele receberia uma quantia de R$ 12.200, validada em nota promissória, e o cargo de Secretário da Agricultura do município, caso se candidatasse a vereador nestas eleições e não se elegesse.

Após a denúncia, a Promotoria requisitou que o delegado da Polícia Civil, Wilton José Fernandes, fizesse a operação de flagrante. Juntamente com mais três policiais civis, o delegado foi até a casa de Walter, onde seria feito o acordo de compra de votos por parte do prefeito e dos aliados políticos, e efetuaram a prisão. No dia seguinte à prisão, os três prestaram depoimento e, de acordo com o delegado Wilton José Fernandes, foram estabelecidos os valores das fianças para cada um, no total de R$ 75 mil.

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