A criminalidade avança em todo o estado e em Palmeira dos Índios não é diferente. A terceira maior cidade do estado tem em média três assaltos por dia e esse ano já acumulou 35 assassinatos de janeiro a junho. O assunto atraiu a atenção da Deputada Estadual pelo PT Patricia Sampaio, que demonstrou preocupação com a segurança pública no munícipio.
Além dos números, a insegurança é sentida nas conversas com a população. Muitas ruas da periferia e até das partes centrais da cidade são mal iluminadas, o que facilita a ação dos bandidos. “O palmeirense vive amedrontado e o fato desse ser um problema em todo o estado não pode ser desculpa para descuidarmos da cidade”, frisa a deputada.
A Polícia Civil tem 12 homens quando o ideal seria 25. Esse efetivo precisa cobrir, além da cidade de Palmeira dos Índios, os municípios de Cacimbinhas, Minador do Negrão, Estrela de Alagoas, Igaci, Coité do Noia, Taquarana, Tanque D’arca, Belém e Quebrangulo – com duas viaturas.
Para a mesma área de atuação, a Polícia Militar conta com 280 policiais e 30 viaturas em funcionamento, sendo que apenas 15 estão em condições adequadas. Para prestar um policiamento preventivo e repressivo conforme as diretrizes da corporação o 10º BPM precisaria de mais 470 policiais.
A Delegacia Regional de Palmeiras dos Índios funciona de forma precária em um imóvel alugado. O prédio próprio onde funcionava até o início do ano passado foi fechado, por ordem judicial, por falta de condições sanitárias. O novo local é uma residência e não possui depósito nem celas, o que já ocasionou fuga uma fuga.
Para a deputada, o crescimento da criminalidade, a falta de estrutura para o trabalho digno das polícias civil e militar, a iluminação deficiente nas ruas e a situação precária da delegacia, são fatores que fortalecem o sentimento de insegurança na população. “O cidadão tem o direito de viver e trabalhar com tranquilidade e as autoridades em todos os níveis de governo precisam se comprometer com a questão para que esse quadro seja revertido”, enfatiza Sampaio.