A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) enviou, esta semana, ao Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco (Lanagro/PE), o primeiro lote com 1.152 amostras sorológicas que serão analisadas com objetivo de verificar a circulação do vírus da febre aftosa em Alagoas.

 

A entrega do material ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é uma das etapas do inquérito soroepidemiológico realizado em Alagoas para a mudança do status sanitário de risco médio para zona livre de aftosa com vacinação.

 

A realização do inquérito soroepidemiológico é uma ação do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), em parceria com a Superintendência do Mapa em Alagoas. A Adeal é a executora das ações previstas no inquérito.

 

O material, após ter sido colhido em animais com idade entre seis e 24 meses espalhados em propriedades rurais que foram sorteadas pelo Mapa em 78 municípios alagoanos, foi enviado para os centros de triagem instalados em Batalha e em Maceió.

 

Após terem sido devidamente tratadas nos centros de triagem, as amostras identificadas foram congeladas, acondicionadas e entregues ao Lanagro em placas de isopor envolvidas em filme plástico de PVC. Cada tubo, que representa um único animal, contem aproximadamente 1,5 mililitros (ml) de soro sanguíneo.

 

O resultado deste primeiro lote enviado pela Adeal, segundo informou o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Adeal e coordenador estadual do inquérito soroepidemiológico em Alagoas, Caio Coelho, vai depender do volume de trabalho do Setor de Virologia do Lanagro.

 

“O laboratório não nos repassou uma data oficial para a divulgação do resultado. Mas, neste primeiro lote, foram encaminhados apenas para análise materiais colhidos em bovinos”, declarou Caio Coelho, informando que o segundo e último lote de soro deverá ser enviado para o Lanagro, em Recife, já na próxima semana.

 

Em Alagoas, as colheitas de sangue foram encerradas na última segunda-feira, dia 23, sendo encaminhadas aos centros de triagem para o devido tratamento.

 

A colheita

 

Em Alagoas, o calendário de colheita do sangue nos animais, que fizeram parte do inquérito soroepidemiológico realizado pelo Mapa, teve início na primeira semana de julho.

 

Além da colheita do sangue, os veterinários da Adeal também realizaram a inspeção da cavidade oral – língua, mandíbula e lábios - e de cascos. Os animais também receberam um brinco na orelha com uma numeração específica de identificação.

 

A colheita do sangue nos animais foi realizada após a equipe técnica da Adeal, responsável pela condução do processo soroepidemiológico, ter passado por uma série de treinamentos realizados pelo Mapa e visitas prévias realizadas nas propriedades rurais.

 

O inquérito soroepidemiológico, que teve início em maio passado, poderá ser estendido até o próximo mês de agosto. A medida será adotada, caso o Mapa ache necessária a realização de novas coletas.

 

A realização do inquérito soroepidemiológico executado em Alagoas contou com a efetiva colaboração dos produtores rurais do Estado e a parceria da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal), Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Superintendência do Mapa e da Seagri, além da dedicação dos profissionais da Adeal.

 

Além de Alagoas, o levantamento é realizado, em paralelo, com os Estados do Ceará; Maranhão; Pernambuco; Piauí e parte do Pará.