O último final de semana a Maternidade Escola Santa Mônica (Mesm) enfrentou mais um período de superlotação. O aumento de pacientes se deu devido ao fechamento de unidades de saúde municipais. Segundo a diretora da Mesm, Rita de Cássia “as gestantes chegam à nossa porta e não podemos deixá-las sem atendimento. Apesar de sermos uma unidade de atendimento exclusivo para parturientes de alto risco, não podemos deixar as grávidas no meio da rua”.

O problema da Santa Mônica já é conhecido de todos. “Nos finais de semana algumas maternidades da rede municipal que fazem atendimento de baixa e média complexidade fecham as portas e a Mesm, que atende unicamente alta complexidade, é a única que está sempre de portas abertas, o que gera essa enorme demanda e nos deixa trabalhando sempre no limite”, desabafou a diretora da maternidade.

Na tarde desta segunda-feira, a Maternidade Paulo Neto reabriu as portas e começou a recebeu as parturientes encaminhadas pela Santa Mônica. Os médicos da Maternidade Nossa Senhora da Guia, que ainda está com os serviços paralisados, terão uma reunião nesta segunda à noite para decidir se voltam ou não ao trabalho.

Segundo o secretário Municipal de Saúde, Adeilson Loureiro, “o problema das unidades de saúde é que os profissionais não cumprem suas escalas de horários, por isso os serviços são paralisados. Para tentar sanar essa conduta foi solicitada uma auditoria ao Conselho regional de medicina e caso haja irregularidades constatadas os diretores técnicos das unidades de saúde responderão pelo ocorrido”.