A Polícia Civil está investigando a morte de animais no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Sorocaba. De acordo com denúncia feita por ONGs de proteção animal, cães que estavam no local teriam sido mortos mesmo estando saudáveis e de forma cruel.
Imagens que rodam por redes sociais aparentam uma verdadeira carnificina no centro. É possível ver diversos animais sacrificados e ao lado de uma morsa, um aparelho de ferro usado para prender e prensar peças e componentes. As postagens sugerem que os animais teriam sido mortos mediante prensagem. A prefeitura informou que a morsa é usada para prender o animal já morto e possibilitar a retirada de parte do cérebro. A medida é necessária para o diagnóstico epidemiológico da raiva, procedimento adotado em toda unidade do gênero.
Os protetores de animais dizem que os cães sofreram um processo de eutanásia, mesmo aparentemente saudáveis. A polícia foi chamada no local e, após a perícia realizada, foram encontrados 30 animais mortos dentro de um freezer. Sendo três cães adultos e 27 filhotes.
A polícia recolheu cinco cães mortos para autópsia. Os laudos devem ficar prontos em 15 dias. De acordo com a delegada Cássia Almagro, que acompanhou a vistoria ao Centro de Zoonoses, se os exames comprovarem que os animais estavam saudáveis, os responsáveis serão enquadrados no artigo 32 da Lei 9.605, que pune abusos e maus-tratos contra animais. A pena prevista vai de quatro meses a um ano e quatro meses de prisão.
A Secretaria de Saúde de Sorocaba informou por meio de nota que os filhotes que estavam no canil foram avaliados por uma médica veterinária, que constatou que os animais apresentavam cinomose e, por essa razão, foram sacrificados. De acordo com o prefeito Vitor Lippi (PSDB), a foto foi usada para induzir as pessoas a erro e, segundo ele, o caso está sendo usado com fim eleitoral.
Segundo ele, os animais foram sacrificados com a aplicação de injeção letal. Outros cães já chegaram à unidade em condições precárias de saúde, entre eles, alguns animais atropelados. Os animais mortos são conservados num freezer até serem removidos para deposição em aterros sanitários.