Funcionários da Eletrobras-AL aderem a greve e suspendem atendimento

17/07/2012 02:36 - Maceió
Por Redação
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Os/as trabalhadores/as da Eletrobras Distribuição Alagoas e da CHESF/AL irão realizar uma greve geral, por tempo indeterminado, se iniciando à zero hora do dia 17/07. A decisão foi tomada em assembleia da Eletrobras realizada nesta sexta-feira 13/07.

A assembleia da CHESF ocorreu no dia 12/07. A paralisação decorre da falta de avanço nas negociações do ACT/2012 após quatro rodadas de negociação e atinge o sistema Eletrobras em todo o país. Em Alagoas a mobilização se concentrará no prédio sede da empresa na Gruta. O atendimento ao público está suspenso durante toda a greve. Serão mantidos apenas os serviços essenciais.

A categoria vem tentando negociar desde o mês de abril. A última tentativa de se chegar a um acordo ocorreu no dia 11/07, no entanto, a direção da empresa em Brasília se mantém inflexível, negando-se a avançar na negociação, repetindo a proposta inicial de reajuste salarial apenas 5,1%, que está muito abaixo do que os/as trabalhadores/as estão reivindicando que é de 10,73%.

Também nada apresentaram em relação as propostas sobre indenização por perda de massa salarial, melhorias no PCR, com a garantia de verbas para se promover as devidas correções/movimentações salariais, plano de saúde extensivo aos aposentados, à renovação das concessões, dentre outras questões.

Segundo a presidenta do Sindicato dos Urbanitários Amélia Fernandes, “essa postura da direção da Holding mostra a sua submissão ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - DEST, Ministério do Planejamento e de Minas e Energia, assim como, a sua incapacidade em se colocar enquanto empresa estratégica para o governo”.

Segundo os/as trabalhadores/as, o esgotamento das negociações mostra que o Governo desejou provocar esta greve.

“É inadmissível pensar que a categoria iria aceitar um acordo tão rebaixado, incapaz de trazer o mínimo de dignidade para os/as trabalhadores/as. Temos a certeza que as empresas e o Governo apostaram no enfrentamento e irá “pagar para ver”. Isso é um ato de irresponsabilidade com toda sociedade. Pois, uma greve por tempo indeterminado no setor elétrico sempre traz problemas, basta verificar o histórico dos movimentos desse porte”, alerta Amélia.

“Se o governo aposta no embate, os/a trabalhadores/as não vão fugir do enfrentamento, pelo contrário nós vamos à luta. A paralisação vitoriosa de 48 horas que realizamos na semana passada mostrou que estamos mobilizados e prontos para enfrentar as ameaças, perseguições e o terrorismo da Holding. Não existe outra saída se não à luta pra conquistar um acordo digno, tem que ser na raça e na disposição de cada trabalhador/a”, concluiu a sindicalista

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