Diante da dificuldade que o pré-candidato a prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, tem apresentado de convencer sua nova cara de Oposição, a alta cúpula do PSDB alagoano estaria investindo na desistência do radialista e ex-deputado estadual Alves Correia.

Rogério continua no 3º lugar nas pesquisas, Correia é o 2º e Célia Rocha mantém-se disparada em 1º lugar.

No Palácio Zumbi dos Palmares os inquilinos já consideram impossível ultrapassar Célia Rocha. A ideia articulada desde o início da semana e retirar Alves Correia para polarizar a campanha criando uma força de Oposição na cidade, hoje dominada pelo grupo Luciano Barbosa (PMDB de Renan) e Célia Rocha (PTB de Collor).

Chegar em 3º lugar na votação seria um grande fiasco para a tucanada.

Rogério Teófilo ainda não empolgou como candidato de Oposição, já que ele sempre fez política ao lado de Célia Rocha e seus marqueteiros têm dificuldade em criar um discurso diferente numa campanha em que a outrora aliada e hoje adversária do ex-secretário sempre esteve no mesmo palanque do candidato e goza de grande conceito diante da população arapiraquense.

Polarizar a campanha é tudo que o PSDB deseja em Arapiraca. Mas a estratégia, mesmo com o radialista aceitando sair do páreo da disputa, não seria fácil, porque Célia Rocha tem muito a apresentar aos seus munícipes. Suas duas gestões, antes de Luciano, foram marcadas de grandes realizações. Seu sucessor, na continuidade de tudo que ela iniciou, é hoje um dos gestores mais bem avaliados do Brasil.

Alves Correia, por seu turno, tem afirmado que sua candidatura é prá valer. Dificilmente ele aceitaria jogar a toalha para apoiar  Rogério Teófilo. A disputa da prefeitura representa muito para seu futuro político. Seu sonho, caso não seja eleito, é retornar à Assembleia Legislativa com um mandato ortogado pelo povo, jamais articulado em bastidores ou assumindo uma suplência.

Dono de uma audiência invejável na radiofonia do Agreste e Sertão, Alves Correia sente que a vaga de suplente é circunstancial. Por isso, está disposto a abrir uma caminhada forte na disputa pela prefeitura e depois voltar ao legislativo com um mandato de quatro anos, tempo que considera suficiente para realizar um trabalho consistente que atenda às expectativas de seus eleitores.

"Sou um político fabricado genuinamente pelo povo", afirma o radialista, antecipando, assim, uma possível resposta que daria aos tucanos que pensam em transformá-lo em um coadjuvante de Rogério.

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