Mulher de caminhoneiro explica telefonema

03/07/2012 07:22 - Maceió
Por Redação
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A gravação telefônica, interceptada pela polícia, em que o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino é questionado pela esposa, Sonei Soares de Melo, se já havia ‘jogado’ algo fora é uma das provas que apontam o envolvimento dele no brutal assassinato da estudante Giovanna Tenório. No entanto, durante audiência de instrução nesta terça-feira (03), a mulher do acusado negou que a conversa fazia referência ao descarte de provas que pudessem incriminar o caminhoneiro.

Sonei Soares explicou ao juiz da 8ª Vara Criminal da Capital, Maurício Brêda – em depoimento na audiência ocorrida no Fórum do Barro Duro – que o assunto tratado no telefonema era “o destino de um preservativo”. A esposa de Luiz Alberto disse que estava na casa da mãe, que havia cedido o quarto para o casal dormir e que, por terem transado no local, pediu que o marido jogasse o preservativo fora, para que não houvesse uma situação constrangedora diante da mãe.

A resposta de Sonei Soares parece não ter convencido o promotor do caso, Flávio Gomes da Costa, e do advogado que representa a família de Giovanna, Welton Roberto. Vale lembrar que o decreto de prisão da Justiça contra o caminhoneiro, em 25 de abril deste ano, teve como base a interceptação deste telefonema.

Ainda de acordo com o depoimento da esposa, o celular de Giovanna Tenório, que estava com Luiz Alberto, foi comprado no conjunto Eustáquio Gomes, no Tabuleiro do Martins. Mas, segundo a polícia, o aparelho foi ligado neste local, quando o caminhoneiro retornava de Rio Largo após executar o crime.

Várias são as provas apresentadas pela polícia que comprometem Luiz Alberto Bernardino. Uma das mais fortes seria o cordão utilizado para amarrar a estudante. O material é idêntico ao encontrado com o caminhoneiro, que era usado para amarrar o carregamento de bananas.

O advogado Welton Roberto, que acompanha toda a audiência de instrução do caso, disse ao CadaMinuto que as provas contra o acusado são bastante contundentes e não há dúvidas quanto a sua pronúncia e, em seguida, condenação.

“Não há dúvidas de que o caminhoneiro é o autor material deste crime. Em um processo onde existem várias coincidências, acredita-se na culpabilidade do acusado. Vários dados da polícia apontam que o celular de Giovanna circulou na região da Rua Íris Alagoense – Farol –, local onde o caminhoneiro reside”, colocou o advogado, lembrando que depoimentos de Luiz Bernardino à polícia foram bastante contraditórios.

Antes de Sonei Soares ser ouvida, a irmã de Giovanna, Larissa Tenório, prestou depoimento ao magistrado. A expectativa é de que outras pessoas participem da audiência de instrução e que Luiz Alberto Bernardino seja ouvido por último, que é responsabilizado pela promotoria por homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e furto.

Caso

No dia 4 de junho do ano passado, a estudante Giovanna Tenório desapareceu após sair da faculdade, localizada no bairro do Farol. O corpo da jovem foi encontrado dois dias depois em um canavial na cidade de Messias.

No início das investigações o casal Toni Bandeira e Mirela Granconato foi preso suspeitos de ter praticado o crime. O motivo, segundo a polícia, foi o fato de que Mirela havia feito ameaças de morte a Giovanna, devido a um relacionamento amoroso entre a vítima e Toni, que foi posto em liberdade vigiada por tornozeleira eletrônica. Mirela continua presa e será julgada como autora intelectual do crime.

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