Depoimento de padre, irmão de caminhoneiro, é marcado por contradições

03/07/2012 09:10 - Maceió
Por Redação
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O padre Edivan Bernardino Silva, irmão do caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino, foi marcado por contradições, durante a audiência de instrução do caso da morte da estudante de fisioterapia, Giovanna Tenório, ocorrida na manhã desta terça-feira (03), no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Indagado pelo juiz onde estaria no dia do assassinato, Edivan Bernardino não soube informar. O pároco congrega numa paróquia no município de São Luiz do Quitunde, mas utiliza a Casa Paroquial, localizada na Rua Íris Alagoense, durante a semana, por conta da faculdade de Direito que cursa na capital. A rua foi o último local, próximo a faculdade, onde Giovanna Tenório foi vista antes de ser seqüestrada e assassinada.

As respostas vazias do padre chegaram a irritar o magistrado Maurício Brêda que, durante o depoimento, tentava extrair a verdade, mas o padre conseguia sair pela tangente. “Não posso acreditar que meu irmão tenha cometido esse crime. Se soubesse toda a verdade eu falaria”, declarou.

A Casa Paroquial era bastante freqüentada por Luiz Alberto Bernardino. Isto porque, segundo o depoimento do padre, enquanto estava ausente, era o caminhoneiro que ia ao local para alimentar os cães criados por Edivan. No entanto, o desaparecimento da jovem ocorreu durante a semana, ocasião em que o padre estaria na capital para freqüentar as aulas do curso.

Frentista de posto não conhece Luiz Alberto

Uma das versões apresentadas pelo caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino seria de que o celular de Giovanna Tenório, encontrado com ele, teria sido comprado num posto de combustíveis localizado na parte alta da capital, mas o frentista Kleberson José da Silva, ouvido na audiência de instrução e que trabalha no estabelecimento negou conhecer o acusado.

Ao juiz, o frentista garantiu desconhecer que no posto onde trabalha haja a comercialização de aparelhos celulares. “Nunca vi ninguém vender celular naquela região”, colocou. Outro fato importante que pode complicar a vida do caminhoneiro é a informação dada por ele, de que a negociação do aparelho ocorreu por volta das 5h da manhã. No entanto, o frentista explicou que o posto de combustíveis só começa seu horário de funcionamento às 6h.

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