A saída de José Edson de Freitas da direção-geral da Polícia Civil de Alagoas trouxe uma grande preocupação para o estado. Diversas vezes ameaçado por telefone devido seu trabalho no comando da instituição, o delegado pode ser presa fácil de alguns criminosos, já que foi retirado do posto na semana passada após alterações na Cúpula da Segurança Pública. Quem alerta para o fato é o juiz Maurício Brêda que, na manhã desta segunda-feira (02), esteve na reunião do Conselho de Segurança (Conseg).
O magistrado conversou com os outros membros do Conseg e ressaltou a importância do estado não abandonar as autoridades que, segundo ele, de forma brilhante contribuíram para o trabalho da polícia investigativa em Alagoas.
“Não sou procurador, nem amigo do delegado, mas ele fez um excelente trabalho. Enfrentou bandidos, políticos e essa turma está envolvida com o crime. Fui procurado pelo delegado algumas vezes que relatou receber ameaças por telefone. De forma anônima, as pessoas ligavam e diziam que ele pagaria o que estava fazendo”, colocou Brêda.
A frente da PC, José Edson fez um trabalho semelhante ao desenvolvido pelo antigo diretor, Marcílio Barenco, como ressaltou o juiz, numa era classificada como ‘da mudança’. “Barenco hoje vive protegido por estar fora de Alagoas, assim como o delegado Rubiale. É normal que haja esse ‘abandono’ do estado, mas a preocupação, em especial com José Edson, é justificada pelo cargo que ele exerceu”, disse.
Maurício Brêda contou ainda que esteve reunido – na última semana – com o governador do estado, Teotônio Vilela Filho, que prometeu discutir esse assunto, dando a ele toda a importância que necessita. A cobrança de Brêda é para que o Conseg também entre na questão.
Segundo apurou o CadaMinuto, a saída de José Edson da direção da Polícia Civil foi um pedido do secretário de Defesa Social Dário César.