O diretor do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), Luiz Mansur, aguarda para amanhã uma resposta sobre o envio de corpos para o Hospital Sanatório. A medida, segundo ele, garantirá que 30% dos médicos legistas em greve retornem ao trabalho. Mansur afirmou que a categoria se comprometeu a realizar o atendimento determinado por lei caso possam trabalhar na unidade hospitalar.

“A curto prazo, ir para o Sanatório resolveria os problemas nesse momento, uma vez que teríamos ao menos os 30%. Lá é o melhor local, com pequenas reformas a serem feitas”, colocou Mansur. O diretor do IML disse que a segunda opção, o prédio do Centro de Ciências Biológicas (CCBI), já foi descartada.

Mansur rebateu ainda as afirmações de Wellington Galvão, presidente do Sindicato dos Médicos, de que o Sanatório não era um local adequado. “Ele (Galvão) nem foi lá, não viu como é. Outros médicos viram o local e aprovaram”, afirmou.

Liberação para sepultamento

Sobre a medida de liberar os corpos para sepultamento sem a realização da necropsia, Mansur afirmou que entende que não foi a “melhor solução”, mas era o que poderia ter sido feito no auge da paralisação dos médicos legistas. “Não foi bom para ninguém, mas deu algum alívio para os familiares”, observou.

O diretor do IML disse também que faltou apoio do governo e da imprensa para que a situação da paralisação fosse resolvida. “Estou aqui para ajudar, mas muitas vezes fui acusado de não estar colaborando”, finalizou.