Enquanto as obras nas linhas férreas, nos trechos em Rio Largo destruídos durante a enchente ocorrida em junho de 2010, não são concluídas, mais de mil usuários que dependem do transporte ferroviário seguem prejudicados. É o que afirma a presidente do Sindicato dos Ferroviários de Alagoas, Graziela Araújo, que juntamente com membros da entidade, realizou um protesto na manhã desta quinta-feira (28), em frente a sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no Centro de Maceió.

O objetivo da manifestação, segundo a presidente da entidade, visa cobrar a CBTU um posicionamento em relação às obras, já que a promessa de entregar o trecho até Rio Largo até dezembro de 2011 não foi cumprida. “Eles nos informaram que a obra seria concluída até o próximo mês (julho), mas sabemos que isso não vai acontecer”, colocou Graziela Araújo.

Isto porque, durante uma vistoria feita no local pelos membros do sindicato durante o período de greve, as obras estão atrasadas e não há a mínima possibilidade de que a conclusão aconteça novo tempo previsto. Enquanto as linhas que seguem para Rio Largo não são reativadas, a circulação de trens e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) fica suspensa, prejudicando pessoas que dependem do transporte para vir à capital.

Outro alerta feito pelo sindicato é com relação aos trechos reativados após as enchentes. Graziela Araújo denuncia que mesmo passando por reformas após a enchente, em alguns lugares é notório haver riscos à população, quanto a questão da segurança. “Isso chamou a nossa atenção e pedimos que a CBTU assuma compromisso com a segurança da população”, finalizou.

De forma irônica, os manifestantes levaram um bolo para ‘comemorar’ o atraso na conclusão da obra. Durante o ato público, eles entregaram uma carta aberta com as pendências. Ninguém da CBTU quis falar sobre o assunto, alegando que só vão se manifestar via Brasília.