A negativa do Ibama em conceder a licença ambiental para a construção do Estaleiro Eisa, na cidade de Coruripe, foi recebida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas (Sindimetal) como uma questão política. De acordo com representantes da entidade, a ação foi orquestrada pela oposição ao governo do estado.
“Não tem nada a ver com questão técnica do Ibama, é sabotagem política”, afirmou José Jobson, presidente do Sindimetal. Ele afirmou ainda que a categoria recebeu com surpresa a notícia de que o estaleiro não poderia mais ser instalado em Coruripe.
Jobson lembrou que a licença provisória foi concedida, bem como o fato de o Estaleiro Eisa ter vencido uma licitação da Petrobras para a construção de cinco navios-sonda. “É no mínino estranho isso. Como a empresa participa do processo, vence e não tem a autorização para construir?”, questionou.
O sindicalista disse que não acredita na falta de “boa vontade política”, mas sim na ausência engajamento da oposição para apoiar a construção do estaleiro. “Certos opositores em Alagoas, não são oposição a um determinado governo, mas sim ao povo, como é o caso que ocorreu agora”, opinou.
Em relação às pessoas que realizaram cursos, no intuito de conseguir empregos no Eisa, o presidente do Sindicato afirmou que o clima é de frustração. “Muita gente pagou por essa qualificação e agora, como faz?”, indagou.
Jobson afirmou também que entidades e a sociedade devem mostrar que estão indignadas com a negativa do Ibama em conceder a licença. “Nós (o Sindimetal) somos pequenos, há muito tempo a gente vem alertando sobre isso, mas estamos estudando se vamos fazer algo”, afirmou.