“Paralisação foi um ato irresponsável, um jogo político”, dispara Almeida

08/06/2012 05:58 - Política
Por Redação
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A greve de advertência dos rodoviários em Maceió não foi bem vista pelo prefeito da capital, Cícero Almeida (PP) que, durante uma entrevista a rádio Jornal AM, criticou o movimento classificando-o como irresponsável. Ainda de acordo com o chefe do executivo municipal, o ato que acontece em ano eleitoral não passa de um jogo político.

A sexta-feira (08) amanheceu com pontos de ônibus lotados e com a ‘farra’ dos clandestinos que eram as únicas opções para a população chegar ao seu destino final, seja para o trabalho, escolas ou outros compromissos. A paralisação de advertência durou até às 8h e foi um movimento para cobrar das donos das empresas de ônibus uma resposta às reivindicações da categoria.

Élcio Ângelo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro), falou a rádio que dentre as reivindicações da categoria estão o aumento salarial, ampliação da cobertura por parte da empresa no plano de saúde para 90%, além de melhores e criação de novos corredores de transporte. Élcio ainda criticou a demora no processo de licitação.

“Essa paralisação de advertência não passa de um jogo político, um ato irresponsável do sindicato, principalmente do presidente da entidade. No mínimo, a população deveria ter sido comunicada e não penalizada da forma que aconteceu. Todo o caos que a cidade viveu na manhã de hoje foi culpa do sindicato”, desabafou Cícero Almeida, tecendo duras críticas a Élcio Ângelo.

Durante a entrevista, Almeida ainda falou sobre o processo de licitação para o transporte urbano na capital. “O presidente do sindicato disse que o prefeito está empurrando a licitação com a barriga e isso não é o que acontece na realidade. Toda a licitação vem sendo ajustada e trabalhada juntamente com a promotora Fernanda Moreira. Quero ver se ele tem coragem de enfrentar o Ministério Público, Tribunal de Justiça. Essa história de jogar a culpa para o prefeito Cícero Almeida é apenas por que estamos num ano político. Ninguém tem lutado mais para que a licitação saia do papel que o Almeida. Tudo isso é apenas uma forma que arrumaram para tentar denegrir a minha imagem”, criticou o prefeito.

Ainda sobre novos corredores de transporte, Almeida afirmou que na capital 18 foram criados, rebatendo o sindicalista ao dizer que ele deveria estudar mais sobre o transporte urbano. “Muitas ações foram realizadas durante a gestão, mas o desafio do novo prefeito será buscar alternativas para o transporte público. Construímos novas vias, mas ainda não foi suficiente. Da forma que estamos, em dois anos a cidade vai virar um caos. Mas isso não é culpa do prefeito e sim do crescimento do município”.

Questionado se iria interceder na negociação entre empresários e rodoviários, Almeida foi taxativo. “Isso é um problema que precisa ser resolvido entre eles e não vou me intrometer. Meu compromisso é com a sociedade, não tenho rabo preso com ninguém e espero uma punição para o sindicato. Hoje, se os clandestinos trabalharam foi por culpa dele”, finalizou.

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