Um ano e cinco meses após ocuparem a praça Sinimbu, cerca de 30 famílias do Movimento Terra e Liberdade (MTL) desocupam o local, por determinação judicial, que concedeu uma liminar em favor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O clima durante a retirada dos barracos era passivo, mas de muitas dúvidas quanto ao local onde será montado o acampamento.
O prazo para desocupação terminou na última sexta-feira (25), mas, a confirmação foi feita apenas depois de algumas reuniões. Deixando a praça no Centro da cidade, as 27 famílias que habitavam no local serão transferidas, a princípio, para um terreno em Branquina, conhecido como “Flor do Mundaú”.
Porém, a mudança é provisória e gera desconfiança na coordenação do MTL, uma vez que, será provisória, já que as terras não são para reforma agrária, o que pode gerar novos problemas e desocupações. “Nós precisamos de um lugar permanente, um local de convênio com o movimento.
"Não sabemos o que vai acontecer daqui para frente. Não pretendemos conflitos, mas queremos os nossos direitos”, disse o coordenador estadual do MTL, Rafael Simão.
Já a representante do Incra, superintendente Lenilda Luna, confirmou que a transferência será provisória e a resolução deste problema de uma forma definitiva será decidida em outra oportunidade. “Estamos procedendo a transferência obedecendo a liminar e posteriormente iremos estudar a situação dessas famílias de forma definitiva”, afirmou.
Atualmente, 48 famílias fazem parte do grupo Movimento Terra e Liberdade (MTL), sendo que 27 estão deixando a Sinimbu, enquanto outras 21 estão em terras próximas à cidade de Murici, mais precisamente em um dos trechos da BR-104.