A diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco reúne-se na próxima sexta-feira, dia 25 de maio, a partir das 9 horas, na sede da Codevasf, em Juazeiro (BA), com autoridades federais e estaduais da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe para discutir, em caráter emergencial, alternativas que minimizem os graves problemas gerados pela seca no território nordestino. O foco do evento serão justamente as áreas atingidas ao longo da Bacia do São Francisco, onde a população sofre de fome e sede, o gado está praticamente dizimado e a as safras agrícolas já não têm chances de recuperação.

“Nesta que é a pior seca dos últimos anos, vivemos um quadro lamentável em toda a extensão da Bacia e as coisas só não são piores graças à distribuição de cestas básicas e o trabalho, ainda que insuficiente, dos carros pipas", observa o presidente da CBHSF, Geraldo José dos Santos.

Da reunião participam, além dos diretores do Comitê da Bacia do São Francisco, representantes dos demais comitês de rios afluentes, gestores de açudes da região e os secretários estaduais de Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos quatro estados envolvidos: Eugênio Spengler, da Bahia; Almir Cirilo, de Pernambuco; Ivan de França Vilela, de Alagoas, e Genival Nunes Silva, de Sergipe. Haverá ainda a participação de autoridades da área de recursos hídricos na esfera federal.

A ideia, como explica Geraldo José dos Santos, “é abrir um amplo debate sobre as ações que podem ser feitas em cada estado para minimizar o triste e gravíssimo quadro que estamos vivendo”. Mais do que isso, ele espera que o encontro sirva para avançar sobre soluções mais estruturantes: “Afinal, com maior ou menor intensidade, a seca existirá sempre e teremos que conviver com ela. Com medidas estruturantes, teremos melhores condições de enfrentar os piores momentos, bem como atuar de forma preventiva, antevendo situações e propondo soluções para conviver melhor com o fenômeno”, afirma.

Geraldo explica que o Comitê não está alheio à situação dramática vivida por muitos nordestinos, que migram para as cidades para tentar sobreviver, e espera dar a sua contribuição neste momento, pensando estratégias e ajudando a desenvolver projetos de efeito imediato ao longo de toda a bacia.