Os professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), realizaram na manhã desta terça-feira (23) uma assembleia que discutiu o período de greve, iniciada desde o dia 17 deste mês, além de divulgar uma tabela com as reivindicações e manutenções de serviços neste período.

A greve continua na UFAL, o que deve permanecer pelo menos até o dia 31 deste mês, já que, dois dias antes, haverá uma reunião nacional que deve decidir pelo fim da paralisação, caso o governo federal conceda as reivindicações.

Os docentes da universidade reivindicam uma mudança no plano de cargos e carreira, que está pendente desde os anos 80. De lá para cá, poucas foram as mudanças em termos de carreira e, por isso, um grupo de trabalho tem negociado com órgãos, instituições e o Ministério da Educação (MEC) a resolução das reivindicações.

As principais pedidas dos docentes são os 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre os níveis, percentuais de acréscimo relativos à titulação, e ao regime de trabalho, ou seja, especialização e aperfeiçoamento (18%), mestrado (37,5%) e doutorado (75%).

Além de disso, a ampliação do número de professores, melhoria de infra-estrutura, valorização profissional e melhoria das condições de trabalho.

A secretária geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Alba Correia, falou sobre as reivindicações. “Essas negociações já vem de outros anos, mais precisamente da década de 80 e nesse período só foi feito alguns apelos emergenciais. Nesse pedido atual, está embutida a recomposição da medida provisória que foi feita em 2011, no qual um acréscimo de 4% foi feito, mas têm as questões docentes, não apenas salariais”, disse Correia.

Estiveram presentes também na assembleia, alunos recém formados no curso de medicina, que já estão atuando no processo de residência no Hospital Universitário (HU), cobrando que os seus trabalhos não sejam paralisados.

Porém, membros da Adufal garantiram que os trabalhos de residência, pós-graduação e extensão não serão prejudicados. Finalizada a assembleia, os docentes da UFAL irão notificar o reitor Eurico Lôbo com o documento final, uma espécie de ATA da assembleia e posteriormente enviar para o diretório nacional que irá juntar as outras universidades para a reunião final do dia 28 deste mês, que pode encerrar a paralisação.