Sindjus realizará assembleia com indicativo de greve

22/05/2012 14:01 - Maceió
Por Redação

O Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal e do MPU em Alagoas (Sindjus/AL) realizará uma assembleia geral, nesta quarta-feira (23), às 9 horas, em sua sede, para a categoria decidir sobre o indicativo de greve nacional por tempo indeterminado pela aprovação dos projetos de leis 6.613/2009 e 6.697/2009 que revisam os Planos de Cargos e Salários dos servidores do Judiciário Federal e do MPU.

A deliberação dos servidores de Alagoas ainda passará por ratificação na reunião ampliada da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Fenajufe), junto aos trabalhadores do Judiciário dos demais estados brasileiros. Na assembleia, os servidores também escolherá o delegado que irá participar da reunião ampliada, no dia 26 de maio, em Brasília.

Setoriais

Para engajar os servidores, sindicato realizou assembleias no Tribunal Regional do Trabalho, no Tribunal Regional Eleitoral e na Justiça Federal. A última assembleia setorial aconteceu na noite da segunda-feira (21), na Justiça Federal. Em todos os órgãos, o coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, informou a deliberação da greve por tempo indeterminado, definida na XVII Plenária Nacional da Fenajufe.

O sindicalista destacou os debates e decisões importantes na Plenária Nacional como o retorno da Federação à Coordenação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Cnesf), bem como a desautorização ao relator do 6.613/2009, deputado Roberto Policarpo, de rebaixar o PCS com parcelamentos, e as resoluções aprovadas contra o Pacto Social e a desindustrialização e pelo veto ao Código Florestal.

A retomada da luta pelo PCS foi consensual entre os servidores presentes nas assembleias setoriais. No campo específico, o Sindjus/AL tratou da reestruturação das funções comissionadas no TRE e da privatização dos espaços no estacionamento da Justiça Federal.

TRE - Reestruturação

Na assembleia setorial, realizada no TRE, na última quarta-feira (16), a categoria também discutiu o projeto de reestruturação da carreira. O coordenador Paulo Falcão informou sobre o que foi discutido com diretor Geral do Tribunal, Marcondes Grace Silva, referente ao projeto.

O sindicalista destacou que a administração do órgão está aberta ao diálogo e receptiva a proposta da categoria. Segundo o diretor Geral, a administração não irá levar os estudos da comissão, responsável pela reestruturação, ao pleno antes de os servidores analisarem e proporem novas alternativas. De acordo com Marcondes, assim que a Comissão concluir os trabalhos, o projeto de reestruturação será remetido ao sindicato, a qual convocará os servidores para uma assembleia, onde a categoria avaliará e formulará as propostas à administração do Tribunal.

JF - Espaços privados

Antes de iniciar a assembleia setorial na Justiça Federal, o Sindjus/AL pediu um minuto de silêncio em homenagem ao pai do servidor da Justiça Federal Lauro Alves, o senhor Lauro Cunha.

Ao discutir a necessidade da participação da categoria na luta contra o arrocho salarial de seis anos, o coordenador Geral do Sindjus/AL, Marcus Robson, disse que a greve não era apenas para aprovação do PCS, mas também para mostrar a força do Judiciário, e o papel de fiscalizador que cada servidor possui.

O sindicato também abriu espaço para debater a necessidade ou não de reserva privativa no estacionamento da Justiça Federal. Foram questionadas as vagas dos Oficiais de Justiça e o interesse por mais espaço privados pelos diretores de Núcleos. Na assembleia, os representantes da Associação dos Oficiais de Justiça destacaram que a vaga é necessária por conta da rotatividade que a função exige.

Segundo eles, os oficiais fazem trabalho externo em horários diferenciados e precisavam retornar ao órgão. Já para os diretores de Núcleos, os servidores observaram como um privilégio. “Se cada servidor tiver um espaço privativo reservado no órgão, o estacionamento não estará disponível para todo mundo”, questionou o coordenador Paulo Falcão.

Ficou decidido na assembleia, que o sindicato entrará em contato com os diretores de Núcleo para verificar a real necessidade deles e depois tomará as medidas cabíveis.

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