Vai passar mais uma eleição municipal e o PT de Maceió, como bem disse o seu fundador e jornalista Adelmo dos Santos, "vai continuar comendo o prato feito”, reagindo assim à decisão que foi anunciada ontem durante a inauguração da Vila dos Pescadores, de que novamente o partido entra em cena como coadjuvante da eleição, à reboque da chapa de Oposição ao governo tucano Teotonio Vilela já fechada com Lessa e Mosart.

O PT não tem nem credencial para negociar com o aval do PT Nacional. Em toda discussão, os cardeais petistas não consideram nada da força petista. Tanto é que mesmo com Joaquim Brito na vice de Lessa em 2010, o ex-presidente Lula e a então candidata Dilma passou em branco em Alagoas, não gravando nem sequer para o guia eleitoral.

O presidente do PT alagoano foi muito sincero à imprensa, quando confessou que tinha ficado fora do esquema que acertou Lessa e Mosart, tendo sido informado através da imprensa. Ele tinha ensaiado a repetição da dobradinha com Lessa, mas o ex-governador pedetista não levou a sério suas pretensões.

Brito tentou até fazer uma cena de ciúme anunciando entendimento com o PT do B, da deputada federal Rosinha da Adefal. Mas não colou. Apesar da Rosinha da Adefal ser uma pessoa séria, o mesmo não acontece com o seu presidente, Marcos Toledo, que tenta fazer uma composição negociando cargos. O PT do B é um partido de balcão de negócio, mesmo sem o aval da Rosinha, que não cria musculatura para ser candidata a prefeito, exatamente porque as negociações são conduzidas por Marcos Toledo.

Com Mosart e Lessa se acertando, a missão do ex-governador é ter uma conversa com o senador Fernando Collor, que gostaria de ver uma dobradinha Galba Novaes e Lessa. Um dos mentores da campanha de Galbinha para vice, o suplente de senador Euclides Mello – porta-voz direto de Collor –, não se conforma com a decisão tomada entre o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, o senador Renan Calheiros e o ex-governador Ronaldo Lessa.

O deputado estadual,petista, Ronaldo Medeiros reagiu assim a dobradinha Lessa e Mosart:"Time que nao joga não possui torcida. Temos bons quadros e partidos que buscaram parceria, como o PT do B Rosinha da Adefal e o PSB Do federal Givaldo Carimbão."

Numa demonstração que tem gente do PT insatisfeito com o acordo entre Renan, Almeida e Lessa.

Ainda vai rolar muita água por debaixo da ponte. Até porque o governador tucano Teotonio Vilela ainda não decidiu sua posição, pois parece mais preocupado com seu elevado índice de rejeição, o que não é nada confortável para um ex-senador de três mandatos consecutivos que pretende retomar sua cadeira em 2014, quando passar o bastão de governador ao seu sucessor.

Aliados de Teo avaliam que se ele se concentrar no tucano Rui Palmeira pode prejudicar o parlamentar. Por isso, os mesmos aliados do governador veem várias opções no primeiro turno: Jeferson Morais (DEM), Mauricio Quintella (PR, Marcelo Palmeira(PP) e Givaldo Carimbão (PSB). Este último, espera turbinar no final de semana, trazendo um grupo forte de socialistas comandado pelo governador mais bem avaliado do Brasil, 90%, o pernambucano Eduardo Campos/PE.

Até o prazo fatal da convenção, muita conversa vai acontecer. No entanto, é muito difícil agora desfazer a dobradinha Lessa e Mosart, cujo acordo valeu também para a cidade de Penedo, onde o senador Renan Calheiros avaliou o fechamento da dobradinha Ronaldo Lopes do PMDB como vice Marcius Beltrão do PDT como candidato a prefeito.

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