Falhas no IML devem ser investigadas pelo Conseg
As falhas no funcionamento do Instituto Médico Legal de Alagoas devem entrar na pauta da reunião do Conselho Estadual de Segurança (Conseg), nesta segunda-feira (21). O tema foi encaminhado pelo advogado Marcelo Brabo, representante da OAB no Conselho, após denúncias de atraso na liberação de corpos. A sessão acontece às 9h, na Sala dos Conselhos do Palácio dos Palmares.
Em ofício encaminhado ao presidente do Conseg, Paulo Brêda, o advogado solicita a instauração de investigação para apurar as falhas no atendimento à população e a posterior normatização de processos dentro do Instituto, em Maceió e Arapiraca. Integrante do aparelho de Segurança Pública, o IML tem sido alvo de graves denúncias por problemas estruturais e administrativos.
Entre as medidas apresentadas por Marcelo Brabo, está a regulamentação de prazos limite para liberação dos corpos, de acordo com as circunstâncias da morte, não superior ao período legal de 10 dias. Ao citar o art. 160 do Código de Processo Penal, o advogado lembra que o prazo não deve ser considerado como padrão ou mínimo a ser atendido. Para o conselheiro, em casos de morte natural ou naquele onde não haja sinais de violência, a emissão do laudo deve acontecer com a maior rapidez e brevidade possíveis.
Ainda no documento encaminhado ao Conseg, o representante da OAB apresenta medidas para garantir a agilidade do atendimento. Funcionamento do serviço de necropsia durante a noite e ampliação da frequência de recolhimento dos corpos no Hospital Geral do Estado (HGE), que hoje acontecem apenas três vezes ao dia são algumas delas. "A depender do horário do falecimento, a família enlutada é submetida a uma via crucis prolongada para se despedir do ente querido. É preciso que o IML esteja preparado para minimizar a dor desse momento" afirma Marcelo Brabo .
Os integrantes do Conseg devem decidir ainda sobre a data para realização de uma vistoria nas unidades onde irão analisar a situação apresentada e as medidas cabíveis para correção.
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