Apesar da contínua piora na assistência hospitalar do município e da rede municipal de assistência médica, a Prefeitura de Palmeira dos Índios não anunciou quaisquer medidas que permitam a cidade enfrentar a crise de dengue em que está mergulhada. A cidade é um dos 14 municípios alagoanos em grave situação epidêmica confirmada por informações oficiais.
A Superintendência de Vigilância em Saúde tem se posicionado energicamente para que o município realize o esforço necessário junto a população, inclusive para que se mantenha eficaz e permanente. Causou surpresa a classe médica o município ter registrado o Vírus Tipo 4, a forma hemorrágica da doença, mas sobretudo, a irritação vem da reação demorada e pouco eficiente da Prefeitura.
O quadro atual da saúde no município é ao mesmo tempo crítico e caótico. A Secretária, médica Alexandra Ludugero, pediu exoneração e os quadros funcionais foram alterados levando o setor a desestruturação. A par com isso, o único Hospital em atividade vive quase parando a falta de recursos. Nesta semana o caso do pastor José Arnóbio, que faleceu por deficiência no socorro médico, segundo acusam familiares, pois mais lenha na fogueira dos precários – talvez insolúveis – problemas da assistência médica no município.
Tamanha ineficiência levou a empresária Patrícia Sampaio, filha do município e um das vozes mais críticas contra os desacertos da gestão atual, a comentar: “Tão grave como a epidemia de dengue em Palmeira, é o surto de lerdeza que acomete a gestão como um todo”. Como fecho da situação, a Eletrobrás/AL cortou, esta semana, a iluminação pública do prédio da sede da Prefeitura.
Diante da possibilidade do aumento epidêmico de casos de dengue no município, a população está apavorada já que a ocorrência de uma situação igual a esta pode levar a cidade ao pânico.
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